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Isto Posto… Feliz Ano Novo de Lava Jato.
Há rumores de que o patriarca do Grupo Odebrecht, Emílio Odebrecht, dissera aos procuradores federais da Operação Lava Jato, em acordo de colaboração com a justiça, que há décadas vem governando o Brasil através da manutenção de todos os homens fortes e influentes – Ministros, Chefes de Gabinetes, Presidentes, Vice-presidentes e Embaixadores – da República na folha do Departamento de Operações Estruturadas da empresa, alcunhado pelos investigadores da polícia Federal e MPF de Departamento de Propinas.
Confirmadas tais informações, estas corroborariam as denúncias apontadas em matéria da BBC, onde se afirma que desde o período ditatorial fora posto em prática um gigantesco esquema de pagamentos de propinas aos agentes governamentais para empresas assegurarem a primazia de execução de obras públicas à revelia da legalidade.
Assim sendo, a cada dia que passa mais credibilidade deve ser dada às investigações feitas em Curitiba pela Força Tarefa da Operação Lava Jato, cujo esforça de jovens delegados, auditores fiscais e procuradores da república tem demonstrado que o modelo de governança instaurado no Brasil era, de fato, um imenso estratagema de achaque aos cofres públicos, levado a cabo por partidos políticos e empresários inescrupulosos e cheios de ojeriza pela Lei e a República.
Diante disso, parecem-nos clarividente os motivos ignóbeis dos constantes ataques ao trabalho desenvolvido por instituições nacionais como Ministério público Federal, Receita Federal e a Polícia Federal, porém, pejorativamente denominadas pelos investigados e seus apoiadores de República de Curitiba. E ficar claro também a fragilidade das acusações especificamente dirigidas contra a atuação e as decisões do juiz federal Sérgio Moro, cujas sentenças, endemonizadas por importantes e caríssimas bancas de advogados, formadas por juristas acostumados a exercerem decisivo jogo de influência nos tribunais e instância superiores, mas que agora se tornaram tão impotentes quanto aqueles que defendem, uma vez que o alto índice de manutenção, em sede recursal, das decisões do Dr. Moro corroboram com a veracidade dos elementos factuais apontados em investigações determinadas pelos procedimentos legais e confirmadas pelo arcabouço probatório extenso.
Recentemente, o presidente do MST disse em entrevista que o juiz Sérgio Moro deveria tratar do mesmo modo “perseguidor” dispensado ao Lula, os políticos José Serra, Temer e seus ministros, o senador Aécio Neves, dentre outros corruptos denunciados nas delações de presos pela Operação Lava Jato, tentando mais uma vez, como tem sido a estratégia política do PT e seus asseclas, propagar a tese frágil de parcialidade do juiz e da Força Tarefa, já que segundo as alegações da defesa de Lula só o PT é investigado e preso.
Acontece que nunca a verdade foi dita pelos que acusam a Lava Jato de parcialidade. E qual seria esta verdade, escondida por todos aqueles adeptos à desonestidade intelectual? Por aqueles ávidos a criarem factoides que salvaguardem o Lula da responsabilidade desse enorme esquema de corrupção na Petrobras e em todas as instâncias do Governo Federal? Que verdade seria esta cujo medo alimenta a tese facilmente refutável de tentativa do juiz Moro impedir o retorno do Lula, inviabilizando sua candidatura quando o condenar numa das ações que tramitam na 13ª Vara Criminal de Curitiba?
Isto posto, vos digo, não há parcialidade quanto aos tucanos ou outros políticos. O que há de fato, e que é ocultado pela desonestidade intelectual, é que políticos detentores de mandato federal como Serra, Temer e Aécio estão fora do alcance do poder do Dr. Moro, pois possuem a chamada prerrogativa de Foro, o Foro privilegiado que só autoriza o supremo tribunal federal – STF a investigar, abrir processo ou solicitar à Câmara e o Senado a manutenção da prisão feita em flagrante de crime inafiançável, ou seja, nem o STF pode prender o Serra, o Temer e o Aécio.
Entretanto, os defensores desses corruptos implicados na Lava Jato cobram que o juiz Sérgio Moro mande prender estes políticos. Se o Moro fizesse isso seria desmoralizado, perderia o cargo de juiz e estaria fora da Lava Jato como quer o Lula. Não se deixe enganar! O blog Cidadania Ativa apoia o juiz Sergio Moro e Lava Jato.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… Agora, a verdadeira PEC da maldade.
Exaurida a discursão e aprovada a tal PEC 55, dita da maldade pelo potencial de promover retrocesso social no país, já que pretende frear gastos com saúde e educação, o governo do senhor Temer se prepara para impor ao trabalhador brasileiro a mais perversa das reformas até então sugeridas para a previdência social.
No bojo da proposta está a idade mínima de 65 anos, o tempo mínimo de contribuição que passa dos atuais quinze anos para vinte e cinco e a exigência de 49 anos de contribuição para se ter direito ao salário integral da previdência que hoje é de pouco mais de cinco mil reais.
Além das citadas perversidades, tem-se ainda o fim das aposentadorias especiais para mulher, professor e trabalhador rural. Passando todos a ter direito ao benefício somente aos 65 anos, se tiverem 25 de contribuição, ou depois da terceira encarnação quando completará 49 anos de trabalho num país onde depois de quarenta de idade as portas se fecham.
No que diz respeito aos policias civis e militares – e militares das forças armadas – o governo promete apresentar outro pacote sinistro mais adiante, depois que estes cumprirem sue papel constitucional de reprimir violentamente os trabalhadores que forem às ruas protestar contra este atentado que, de fato, representa um grande retrocesso social, retirando tão somente direito da classe trabalhadora, uma vez que não se presta a resolver os entraves da Seguridade Social, mas, sim, postergar enquanto se arrecada bilhões com esse gesto impiedoso.
Contudo, confiamos que a sociedade não permitirá tamanha afronta. Porque haverá o trabalhador, através dos movimentos sindicais unificados, de bradar fortemente contra esta injustiça, buscando saber dos proponentes a quem serve esta reforma inoportuna, considerando-se que já veio pautada sob a égide da mentira do déficite previdenciário que jamais existiu. Porque toda vez que alguém compra um pão, uma roupa, um carro ou toma uma cerveja, contribui pagando parte do preço do produto para financiar a previdência, fazendo, então, cair por terra as alegações oficiais de rombo grandioso nas contas da previdência.
É verdade que há alguns problemas na previdência. Brasil à fora se multiplicam as fraudes com benefícios como aposentadorias, pensão por morte, auxílios acidentários ou em virtude de doenças. Tem-se também a insustentabilidade dos fundos próprios de pensão de servidores públicos, pela falta de diversidade de financiamentos, resultando em bancarrota anunciada em todos os entes da federação. Contudo, parte da falência se deve a gestões temerárias que se sucedem nos estados e municípios.
Tem-se, isto é fato, um real desequilíbrio entre gerações, com acentuado envelhecimento da população brasileira e a diminuição da força de trabalho jovem, consequente do rígido controle de natalidade feito pelas famílias, devido ao alto custo financeiro de sustentar filhos no Brasil, onde o orçamento doméstico é fortemente deteriorado pelo descontrole inflacionário e a obrigatoriedade de arcar com duplo sistema educacional, de saúde e de segurança, além de outros serviços públicos deficientes, cujo cidadão precisa pagar mais para ter o mínimo de retorno.
Considerando tudo isso, ainda mais evidente fica a incapacidade desta reforma solucionar o problema previdenciário, devido a ineficiência da metodologia escolhida para esconder os propósitos nefastos de arrecadar muitos milhões em pouco tempo para fazer frente à voracidade de empreendimentos financeiros imorais e perversos, como os do seguimento de previdência privada.
Isto posto, considerando os princípios humanitários da Seguridade Social, como esta proposta tacanha e mal intencionada não fará mais que ampliar as igualdades e injustiças, conclamo-vos, trabalhadores de todo país, a manifestar seu repúdio a esta malfadada reforma previdenciária em nome da universalidade e da solidariedade.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto…. Ferreira Gullar: TRADUZIR-SE!
Ontem ficou mais pobre o nosso Brasil. Não do vil metal surrupiado à surdina pelos sacripantas do Congresso Nacional, que armam e detonam diariamente “a bomba suja” da miséria, da opressão, da expropriação do fruto do trabalho de homens simples que escavam sucos dolorosos na terra com suas mãos toscas.
Mas, sim, ficou mais pobre da poesia brotada da dor do outro, da poesia feita por quem suporta o mundo, e tão somente traduzida pelo poeta que, ao espantar-se proclama “Uma parte de mim é todo mundo; outra parte é ninguém: fundo sem fundo./ Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão”.
Ficamos sim, Brasil, mais pobre de poesia. Principalmente daquela poesia que jamais quis se apartar do mundo. E dos infortúnios da vida aflorava como alento, ao cantar sobre “usinas escuras, em que homens de vida amarga e dura produzem açúcar branco e puro com que adoçamos nosso café todas as manhãs”.
E ademais, uma parte do Brasil também morre com o poeta Ferreira Gullar, porque o próprio sentenciava com exatidão da licença poética “Se morro o universo se apaga como se apagam as coisas deste quarto se apago a lâmpada: os sapatos – da – ásia, as camisas e guerras na cadeira, o paletó -dos – andes, bilhões de quatrilhões de seres e de sóis morrem comigo”.
Assim, o país que dia a dia fica menor e mais triste pela indecisão em querer traduzir-se, amarga mais uma perda inestimável, de uma parte sua que era só vertigem, mas se traduzia na linguagem da poesia, a fim de fazer menos ásperas as imprevisibilidades da vida que nos espanta.
Isto posto, “A Arte existe, PORQUE a vida não Basta!”
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto…Hillary ou Trump, quem seria melhor para o Brasil?
Depois de oito anos de governo de Barack Obama, um negro com nome árabe, os Estados Unidos da América se preparam para escolher nesta terça-feira, dia 08 de novembro, entre a primeira mulher e o um milionário da construção civil que se apresenta como independente de Wall Street e radicalmente contrário a negros, latinos e europeus, seu mandatário para os próximos quatro anos – ou oito como é de costume por lá.
Os analistas mais afamados de nossa nação de “diplomacia anã”, como nos alcunhou os burocratas de Israel, acreditam que pelo modelo truculento que Donald Trump representa, com sua promessa de instituir uma política de barreiras para impedir a entrada de pessoas e produtos de outros países, o melhor para o Brasil seria a vitória de Hillary Clinton, uma vez que costumam os Democratas baterem mais leve quando empunham o “Big Stick” da diplomacia estadunidense, com o qual conduzem as negociações em sede das relações Exteriores com nações periféricas como as da América do Sul, Caribe e da África.
Outros pensadores, calcando seu ideário no modelo antipolítico que supostamente representaria o senhor Trump, e se mostra numa tendência crescente no mundo, apostam suas fichas na certeza de que o Brasil teria mais a ganhar com a vitória de um pensamento mais radicalmente direitista e profundamente conservador como o destilado pelo candidato republicano, com tamanha fúria e desprezo pelo contraditório que afastou até mesmo os mais tradicionais correligionários como o ex-candidato republicano da indústria bélica, o militarista John McCain.
E nós, o povo brasileiro, que nada entendemos de política americana, quem destes dois candidatos das armas, da indústria farmacêutica, do mercado financeiro, do capitalismo selvagem, do acúmulo de riquezas à custa da miséria dos povos latinos e africanos, e das guerras constantes e avassaladoras nos países árabes, da fome mundial e da intolerância, escolheríamos para melhor nos tratar com seu Big Stick?
Isto posto, melhor nos atermos à política doméstica que tantos sacripantas nos força escolher.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… Porque José Mariano Beltrame fracassou: “Paz não é UPP”
Depois de quase dez anos a frente da Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, com força política e aparato policial nunca dantes empregado no combate ao crime organizado e ao narcotráfico, o delegado de polícia José Mariano Beltrame, deixou a pasta afirmando que a luta contra a violência no Rio, principalmente a guerra às drogas, é irracional e inútil, e que as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) não trará paz ao povo fluminense, pois: “Essa história de que a polícia pacificadora vai trazer a paz é um entendimento muito primário.”
Acontece que as UPPs são o maior símbolo da gestão de Beltrame. Começaram a ser implantadas a partir de 2008 e hoje são 38 no Estado, no entanto, durante todo este tempo todo dia teve tiroteio e gente morta por bala perdida, enquanto milícias se fortaleciam e o narcotráfico vicejando como nunca. Além dessas falhas, o secretário “durão” com criminosos, saiu atribuindo culpa ao Paraguai, dizendo que pertence aos narcotraficantes já que, segundo afirmou, o Comando Vermelho e o PCC [Primeiro Comando da Capital], comandam a fronteira, trazendo do país vizinho armas para São Paulo e o Rio de Janeiro.
Este domínio do crime organizado é inegável. Assim, como inegável também é que o fracasso do senhor Beltrame não se deve apenas a competência do Comando Vermelho e do PCC em transformar o tráfico de drogas numa indústria extremamente rentável e poderosa. O plano de segurança do estado do Rio de Janeiro, comandado pelo delegado da Polícia Federal José Mariano Beltrame fracassou porque partiu da mesma premissa equivocada que norteia o combate a criminalidade no Brasil… A máxima inafastável e reinante no pensamento oficial de que Segurança Pública é problema de polícia. Não é. Por isso o Beltrame fracassou. Por isso fracassaram todas as investidas da ostentosa força policial fluminense, com suas armas potentes e caveiras assustadoras do BOPE.
Isto posto, precisamos abandonar velhos pensamentos infrutíferos como o que tem norteado a ideia de Segurança Pública no Brasil. Segurança Pública é antes de tudo uma questão social a ser equacionada. Questões sociais não se resolvem com aparato policial e sim com equipamentos sociais como escolas, hospitais, praças, avenidas, delegacias de polícia, parques, clubes, cinemas, fábricas, empregos, distribuição de renda, combate às desigualdades, respeito às diferenças de cor, sexo, religião, origem… Enfim, Segurança Pública se resolve com a Democratização dos Direitos Fundamentais. Foi a falta dessa compreensão que fez fracassar os planos policiais audaciosos do senhor José Mariano Beltrame. Que isto sirva pelo menos de aprendizagem. Porque, de fato, “Paz não é UPP”.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… A Escola sem Ensino de Michel Temer!
O Ministério da Educação (MEC) do governo Michel Temer tenta impor mudanças esdrúxulas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) com uma pretensiosa e insipida reforma do ensino Médio, através de medida provisória que afasta a discussão do Legislativo e da sociedade organizada, para privilegiar cinco áreas de concentração: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional e, assim, moldar toda a formação básica imprescindível para o exercício da cidadania ás exigências do ENEM, como se o objetivo da educação básica fosse – conforme tem sido – preparar a juventude tão somente para a disputa de vagas nas universidades públicas por meios dos falidos vestibulares que perduram desde o século IX neste país de pouco apreço pelo conhecimento.
Assim, para disfarçar a ausência de vontade do governo em discutir com a sociedade e os alunos sua pretensão de desmantelar mais nosso já carcomido, anacrônico e inútil sistema de ensino, o governo federal ilude o cidadão com a proposta de disciplinas optativas de artes, educação física, filosofia e sociologia como se a oferta desses saberes fosse responsável pelo fracasso educacional do Brasil.
Todo mundo, independente de ser educador ou profissional da educação, sabe que o nosso sistema de ensino é totalmente desconectado com a atual juventude e sua visão de mundo a partir da integração social construída pela parafernália eletrônica de nosso tempo. Entretanto, ainda assim, é de consenso geral que a sociedade precisa definir que tipo de cidadão ela deseja, tendo para o alcance desse desiderato, que construir um modelo padrão de educação que comporte a instrução para o pleno exercício da cidadania erigida como sustentáculo primordial em nossa Constituição quando afirma em seu preâmbulo que a missão é instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social. E, mais adiante no artigo 3º, reafirmando que os fundamentos de nossa República Federativa do Brasil são inafastavelmente construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Isto posto, quando deveríamos estar dialogando sobre uma reforma educacional que comportasse a verdadeira missão de nosso Estado Democrático de Direito, buscando oportunizar ensino de qualidade capaz de formar cidadão nos deparamos como uma proposta de alteração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) inútil e perversa, já que pretende instituir a escola sem ensino para as mesmas vítimas desse sistema educacional falido que se oportuniza aos trabalhadores e seus filhos nesse Brasil onde impera o profundo desprezo dos governantes pelo povo.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… O que dirá Dilma aos seus algozes?
Vendida por seu mentor Lula, em 2010, como a mulher, gerentona, e extremamente eficiente e honesta, capaz de dar continuidade as grandes transformações sociais avocadas pelo PT como a salvação do Brasil, a forçosamente designada “presidenta”, protagonizará hoje um dos seus últimos momentos públicos antes de ser lançada ao ostracismo no qual vivia antes de cair na “graça” arrogante do ex-operário que conseguiu ascender ao poder pela confiança depositada nele por essa tal de classe média, que embora nunca tenha sido, de fato, petista ou de direita, mas, simplesmente, oportunamente afeita ao pragmatismo ditado pelos humores oscilantes da economia nacional habituada a flutuar aos sabores da ganância do mercado de capitais, decidiu acatar a indicação do sindicalista reelegendo Dilma Rousseff para um segundo mandato, em atenção ao pedido desesperado do líder petista, que durante a campanha em 2014, rogava ao eleitor brasileiro que lhe desse pelo um último mandato presidencial para sua pupila.
E de fato parece ter sido mesmo o último mandato. Talvez não somente de Dilma Coração Valente, mas, pelo andar da carruagem, também do Partido dos Trabalhadores inteiro, conforme se confirmem os prognósticos aterradores que preveem o sepultamento da legenda a partir dessas eleições municipais de outubro.
E o que dirá Dilma aos seus algozes que seja, de acordo com a intenção alardeada por ela durante a semana, capaz de constranger os senadores que decidirão seu futuro, inocentando-a e a restituindo ao poder ou, como apontam as previsões mais escrupulosas, a decidindo defenestrá-la da vida pública ao condená-la a oito anos de inelegibilidade. Dirá, talvez, ela quem dentre os nobres senadores chefia o grupo dos achacadores antes denunciados pelo ministro da educação precocemente demitido, Cid Gomes, que ingenuamente acreditava ser o cabeça o afamado deputado Eduardo Cunha, descartado primeiro que a mandatária maior da república do cinismo e do improviso institucional.
Quem dera a verdade fosse o cartão de despedida desta figura política meteórica que foi a senhora Dilma Rousseff. Quem dera pudesse a “saudosa presidenta” , num gesto de grandeza que não tivera até aqui, apontar com o dedo em riste, sob a acusação de golpe que se tornou notória em seu discurso, os jucás, os renans, os humbertos, os lulas, os lindebergs, os requiãos, os caiados, os aécios, os anastasias, as gleises, os bernardos, os lobãos, os cristovãos, enfim, todos os seus algozes diretos e indiretos, dizendo ao povo brasileiro simplesmente: livrai-vos também deles!
Isto posto… Quem dera!
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… Rio 2016: Da abertura suntuosa ao espetáculo pobre da vida real!
A cidade do Rio de Janeiro, com o espetáculo suntuoso que patrocinou para os estrangeiros se deleitarem com efeitos especiais durante a abertura das Olimpíadas 2016, pretendeu convencer a todos que não é a mesma cidade, que desde a Copa de 2014, tem imposto ao povo mais pobre tenebroso e truculento ‘estado de exceção’, resultante de cotidianos abusos dos direitos humanos e da expropriação das singelas, porém incômodas, propriedades de gente humilde que o fazer político brasileiro colocou como empecilho do progresso e dos jogos da integração mundial.
Não bastassem a UPP, pensada para o propósito de manter o povo pobre trancafiado em suas comunidades paupérrimas, impondo ao trabalhador verdadeiro estado de sítio, com violência policial e desaparecimento sistemático de pessoas indefesas da comunidade que ousam questionar os métodos selvagem de abordagem nas favelas por contingentes armados, há ainda a retirada truculenta da população pobre dos casebres próximos aos locais dos Jogos Olímpicos, escondendo dos estrangeiros o espetáculo real da pobreza ante os pés do imponente cristo de “braços sempre abertos, mas sem proteger ninguém”. Contudo, não se deixou de assegurar oportunidades milionárias para satisfazer a ganância da especulação imobiliária comandada apenas pelos ricos.
Isto posto, prezados brasileiros, as belas faixadas expostas para encantar o olhar despreocupado do rico visitante estrangeiro não se presta apenas para negar a existência da pobreza e da desigualdade, mas, principalmente, como reveladora de uma cruel e assassina política higienista contra a população pobre que necessita dos bilhões gastos com Olimpíadas para a expansão dos transportes públicos, a melhoria da segurança, enfim, para a construção e manutenção de hospitais destinados a conceder à população carioca agonizante alguma sobrevida. Ou seja, no fim, a grande soma de dinheiro que deveria beneficiar o cidadão mais pobre fora, como sempre, produtora de angústia e desamparo ao negá-lo como pertencente à Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil! Porém, havia aquela voz que insistia: O Rio de Janeiro continua lindo!
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… O que fazia o presidente da AEVSF festejando um ProUni que só beneficia empresas privadas e ameaça a existência da FACAPE?
PETROLINA – Anunciado desde 2013, o ProUni Municipal que beneficia empresas privadas de ensino superior em Petrolina teve sessão solene para assinatura do Decreto que o institui pelo prefeito municipal Júlio Lossio, no último dia 26/07/2016, com a participação do Presidente da Autarquia Educacional do São Francisco – AEVSF, mantenedora da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina – FACAPE.
O Decreto regulamenta a Lei Municipal nº 2.801 de março de 2016 que institui o Programa de incentivos fiscais a empreendimentos privados prestadores de serviços de ensino superior, semelhante ao oferecido pelo Governo Federal, compreende a renúncia de até 60% do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS), a fim de beneficiar especialmente a Faculdade Maurício de Nassau, cujo grupo controlador mantém oferta de ações em Wall Street.
A Diretora da Nassau Petrolina, Anna Cristina de Araújo, esteve presente na solenidade de assinatura representando o Grupo Ser Educacional e mostrou-se feliz em fazer parte deste marco histórico para a educação. “Viemos para ver a cidade crescer cada vez mais e fazer com que a educação avance junto à sociedade”, afirmou.
As Instituições de Ensino Superior (IES) que aderirem ao Programa deverão incluir na bolsa todos os encargos educacionais, inclusive matrículas e disciplinas cursadas em virtude de reprovação. Contudo, é vedado o direcionamento das bolsas a alunos que já estejam cursando em instituição pública, ou seja, embora contasse a solenidade com a presença do Presidente da AEVSF, este não estava lá para tentar buscar programa semelhante para financiar alunos da FACAPE, porque esta na condição de instituição pública não pode ser beneficiada com o ProUni Municipal.
Na ocasião da assinatura do Decreto, Lossio ressaltou a importância da instalação da Maurício de Nassau na cidade, e disse está contribuindo para o crescimento municipal já que o Sistema Público é demorado.
Isto posto, enquanto isso o presidente da FACAPE nada disse, apenas ficou lá embevecido como se seu gesto fosse de extrema importância para a instituição que preside, como se depois pudesse vir um plano elaborado pelo prefeito generoso para saldar a dívida de R$ 7 milhões resultantes das bolsas concedidas pela Prefeitura.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto…Eleições em Petrolina: O que esperar?
A corrida para ocupar a prefeitura de Petrolina já teve início com os nomes postos a disputa municipal para se enfrentarem nas eleições de outubro deste ano. E agora cabe ao cidadão petrolinense perscrutar o que esperar dessa novidade antiga em que parece ter se transformado o leque de opções posto a escolha do eleitorado da cidade.
De um lado temos duas propostas ditas de esquerdas, ancoradas, respectivamente, uma pelo combalido Partido dos Trabalhadores, fortemente dependente ainda da figura do ex-presidente Lula, aqui representado pelo ex-aliado do expoente maior do grupo liderado pela família coelho, o Senador Fernando Bezerra Coelho, o petista Odacy Amorim, ex-prefeito pelo PSB e a outra pelo PSOL, cuja ideologia apregoada nos remete aos primórdios do antigo e quase falecido PT, chegando mesmo a ser apresentado pelas lideranças mais conservadoras como uma espécie de puxadinho do partido da presidente afastada Dilma Rousseff, já abandonada pelos mais próximos.
De outro lado, dois falsos antagonismos se confrontam no palco giratório da política, cujos atores sociais encenados pelo senhor Adalberto Cavalcanti, político dos tempos mais antigos quando o prefeito mandava na cidade com truculenta e impiedosa mão-de-ferro e não sob a régua e as ordens da Constituição e das Leis como agora se faz necessário para preservar a elegibilidade que lhes garanta novos mandatos; e pelo o jovem, porém não representante do novo, pois descende de longa linhagem de políticos que compartilharam os tempos de atavismos acima lembrados, Miguel Coelho, que juntos se insurgem como os grandes polarizadores do pleito municipal deste ano, uma vez que o atual prefeito ao sacar da algibeira de imposições o senhor Ednaldo Lima, vereador de primeiro mandato, deixou transparecer que o candidato escolhido seria para facilitar a vitória do grupo do senador do PSB, agora comungando com o herdeiro do saudoso Dr. Osvaldo Coelho, a quem o senhor Júlio Lóssio tanto deve a ascensão política que tivera na cidade de Nova Califórnia, como é alcunhada nossa Petrolina.
Isto posto, caro eleitor, quem devemos escolher para conduzir o destino de nossa cidade até 2020, se de novo temos apenas nomes? Atentaremos apenas para os nomes postos e suas promessas pouco críveis ou exigiremos de cada um bom projeto de desenvolvimento para Petrolina, a fim de que a escolha recaia sobre um executável plano de soluções para os problemas persistentes na saúde, na educação, na segurança, na mobilidade, na garantia dos direitos fundamentais.
Por: Adão Lima de Souza