Arquivos da Seção: Isto posto…
Isto Posto… Em vez de Reforma, por que não criar uma CPMF?
Ninguém concorda com a agressiva e perversa reforma da previdência proposta pelo governo de Michel Temer, claramente expropriadora dos direitos do trabalhador e inútil para resolver o apontado déficite além não assegurar o pagamento das aposentadorias no futuro, já que seu único objetivo é fazer caixa rápido para alimentar os privilégios e mordomias e roubalheiras cotidianas de nossa classe política inescrupulosa.
Qualquer reforma séria da previdência perpassa pelo entendimento de que se deve desestimular as aposentadorias precoces com a sinalização de ganhos financeiros mais robustos para quem resolve contribuir por mais tempo. Assim, necessário se faz maior discussão com a sociedade para se encontrar o melhor modelo que atenda as necessidades do trabalhador e mantenha a Previdência capitalizada para honrar com os devidos pagamentos de aposentadorias e pensões.
Assim sendo, uma boa reforma deveria considerar a possibilidade de destinar os recursos do PIS/PASEP, do FGTS e do Seguro Desemprego para financiar a Seguridade Social, em vez de anualmente se promover a chamada DRU – Desvinculação dos Recursos da União, dinheiro retirado da saúde e educação para o governo investir como quiser. Pois qualquer reforma séria deve não somente cuidar em garantir o pagamento de aposentadorias e pensões para quem já está dentro do regime previdenciário, mas, e principalmente, criar as condições para incluir quem se mantém a margem de qualquer proteção social, garantindo, assim, que o sistema de previdência seja sustentável.
Isto posto, como o objetivo do governo é sanear o déficite da previdência, eu sugiro em vez desta reforma perversa – já fadada ao fracasso, pois deputado algum vai cometer esse homicídio eleitoral – a instituição de uma nova contribuição exclusiva para a previdência, uma nova CPMF – Contribuição Previdenciária Sobre Movimentações Financeira, atribuindo, com tal medida, a necessária validade e eficácia do principio da solidariedade que deve reger ao Seguridade Social, com o desvio de finalidade equiparado ao crime de responsabilidade.
Por: Adão Lima de Souza.
Isto Posto… A estratégia suicida de Ciro Gomes!
https://youtu.be/XxT42YexPYc
Não é nenhuma surpresa ou exagero afirmar que o Ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) se apresenta nestes tempos de aridez como o quadro político mais preparado intelectualmente para ser presidente do Brasil em 2018, apesar de ter reiteradamente alardeado não ter vontade de ser candidato se o Ex-presidente Lula concorrer à Presidência, o que seria conforme diz no seu peculiar estilo que a candidatura do petista “seria um desserviço” à nação.
Ciro Gomes tentou chegar ao Planalto em 1998, obtendo 11% dos votos, e em 2002, ficando apenas com 12% da votação embora tenha vivido nesta época a campanha mais bem acolhida pelos brasileiros, já que demonstrava musculatura suficiente para avançar ao segundo turno, deixando o “festejado” ministro da saúde José Serra para traz se não fosse, segundo o anedotário político, sua dificuldade de mensurar as palavras, terminando, como se diz, por morrer pela boca, ao chamar um eleitor de “burro” e dizer que a crucial importância de sua então esposa Patrícia Pillar era tão somente dormir com ele.
Deste modo é velho Ciro Gomes. Brilhante político nordestino sempre traído pela íngua afiada. Em constantes conversas em que legitimamente exercita seu direito à crítica mordaz dos atuais atores socais deste país sem rumo, qualificando de “farsante”, o João Doria, de “exibicionista”, o Sergio Moro e de “golpista”, o Michel Temer, o faz com tamanha deselegância que afasta potenciais eleitores, tangendo-os para o Lula e o Bolsonaro devido a completa ausência de liderança no cenário político atual.
Não bastasse isso, ex-ministro Ciro Gomes (PDT) – anunciadíssimo pré-candidato a presidente nas eleições de 2018 – acaba de presentear eleitores e admiradores de peso como o Caetano Veloso, cujo voto no candidato cearense fora antecipado em entrevista, seguindo na contramão de artistas famosos como o Chico Buarque, lulista incorrigível, com a gravação de um vídeo, na última terça-feira, no qual desafia o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, a prendê-lo, afirmando que se e isso vier a acontecer, receberá a “turma” de Moro “na bala”.
Nas palavras do Ex-ministro:
“Hoje esse Moro resolveu prender um blogueiro. Ele que mande me prender. Eu vou receber a turma dele na bala”.
Isto posto, caro Ciro Gomes, que mensagem tenta nos passar senão a que nos leva a crer no desacerto da estratégia adotada, uma vez que é inegavelmente suicida?
Por: Adão Lima de Souza.
Isto Posto…A carne podre!
No dia 17 de março a Polícia Federal deflagrou a operação Carne Fraca, na qual uma quadrilha formada por servidores do Ministério da Agricultura e donos dos maiores frigoríficos do país mantinham em funcionamento esquema engenhoso de adulteração do peso e das condições sanitárias da carne vendida para consumo no Brasil e no exterior com o incremento de papelão e de produtos cancerígenos, maximizando, assim, os lucros à custa de crimes contra a saúde pública e contra a economia popular.
O Governo Federal, em reunião, regrada a boas bebidas e carne bem selecionada, com empresários e representantes comerciais de países clientes, apressou-se a negar qualquer irregularidade ou perigo, salientado que a vigilância sanitária é eficiente e que devemos continuar a comer a carne podre, pois tudo não passou de obra de 33 servidores, que serão devidamente investigados e responsabilizados em momento oportuno.
O governo e seus asseclas capitalistas dispensam a memória e tentam justificar as fraudes constantes na indústria de alimento no Brasil com pantomimas e gracejos. E enquanto a população padece diante das agressões, eles simplesmente dizem que “apenas 21 fábricas ou frigoríficos, de um total de mais de 4.800, estão sob suspeita” , e que a culpa é da Polícia Federal que resolveu investigar a qualidade do leite com percentuais exagerados de cal e amoníaco, a carne com lixo e produtos que causam câncer, as roupas fabricadas a partir de restos de tecidos descartados de hospitais da Europa, os remédios à base de farinha, as próteses pirateadas, os medicamentos falsificados.
Por outro lado, o povo brasileiro que sofre o ataque mais feroz a sua debilitada saúde pública, também dispensa, não só a memória, mas, principalmente, toda sua honradez, já que não é capaz de esboçar qualquer gesto inconfundível de indignidade com o tamanho menosprezo com que é tratado pelas as autoridades e empresários desonestos deste país chafurdado no lodaçal da corrupção pública e privada.
Isto posto, pelo menos o povo poderia ter a coragem de Romeu Tuma Jr ao dizer que: “A operação “Carne Fraca” é de estarrecer! Em um país sério, essas empresas seriam fechadas e seus donos presos por 30 anos!”. Ou então devemos aceitar a tese de que realmente a única carne podre é a do povo brasileiro, desde de sempre acusado de ter sangue de barata?
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… Por que persegues os teus, Paulo?
O prefeito de Juazeiro, Paulo Bonfim, pôs em prática forte esquema de repressão aos chamados vendedores ambulantes irregulares. Aqueles pobres trabalhadores pais e mães de famílias para quem o poder público, principalmente a prefeitura, não consegue arrumar ocupação formal, obrigando – os a se virarem com a venda de mingongas nas calçadas de estabelecimentos de grande aglomeração como bancos e casas lotéricas da cidade.
Num modelo semelhante ao conhecido rapa paulistano, a secretária de ordem social, através da ação truculenta da guarda municipal, cumprem a contento as ordens expressas do prefeito para perseguir, tomar carrinhos e mercadorias e enxotar esses pobres “garçons” que nos servem na rua iguarias para remediar nossa fome enquanto se suporta a demora das longas filas dos bancos.
E a troco de quê lhes persegue aquele que como todos esses ambulantes sabe o que é não ter emprego, conhece bem a informalidade e – se é verdade que foi garçom – já sofreu na pele a arrogância dos patrões e proprietários dos locais onde precisou vender seu suor, sua força de trabalho a empregadores desleais e gananciosos.
Isto posto, pergunto – vos, por que persegues os teus iguais, Paulo ?
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… Enfim, o ano novo!
Não é falsa a assertiva que insiste na tese de que o ano só começa para o Brasil após o carnaval. Enfim, ei-lo, e agora? Que ponto de partida dará início a este ano? Que fato extraordinário ou medíocre apontará a direção dos acontecimentos neste ano de 2017? Serão as mesmas notícias requentadas sobre promiscuidade e corrupção pública? Quem vai saber? Ou talvez, quiçá, algo aconteça que retire o povo brasileiro deste estado de alegria momesca que dura o ano todo e o devolva a certo pragmatismo capaz de desmantelar velhos vícios e inaugurar hábitos inéditos, pelo menos naquilo que se mostrar com certa medida de urgência como transformar este Brasil num país habitável, minimamente digno e respeitoso e respeitável.
Então… Mais uma vez, na ampulheta do tempo, escorrerão as cinzas da festa da carne sem nos darmos conta de que recomeçarmos nosso ciclo vicioso apenas nos mantém aferrados aos mesmos grilhões da ignorância, da condescendência e da covardia? Ou o gigante acordará finalmente do “sono eterno em berço esplêndido” e vomitará todas as ofensas em revide aos facínoras que nos sugam a vida e felicidade com seus estratagemas cancerosos de corrupção?
Certamente que há muito a ser feito. E diante desta conclamação nos furtaremos ainda a trabalhar para construir o país que precisamos e queremos, permitindo que os mesmos sacripantas que nos roubam o tempo todo continue a falar por nós, impunimente? E, ainda, diante de todo o mal que nos tem feito esta súcia de políticos calhordas, assistiremos atônitos e dóceis a ‘nossa pátria-mãe continuar a dormir tão distraída, ante as tenebrosas transações’? Ou teremos nossa própria primavera árabe?
Lembro-vos que, por todo este ano de 2017, a história nos recordará dos atos de bravuras da Revolução Russa e dos da Greve Geral de 17, no Brasil, para que possamos nos encher de coragem e proclamarmos a maior das revoluções, aquela capaz de mudar nossa disposição passiva ante tanta injustiça e crueldade. E, assim, oxalá, teremos, finalmente, um país não somente de carnaval, mas de honra e altivez, de brava gente que canta; “ou ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil”.
Isto posto, lembrando o saudoso Raul, que dizia que depois do carnaval a carne é algo mortal, continuemos a colher nossas multas por avançar os sinais que insistem em manter fechados para nós enquanto povo!
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto…Quando será a vez do saneamento do centro de Petrolina?
Em badalada comemoração, o prefeito Miguel Coelho anunciou que o município de Petrolina receberá investimento na ordem de R$ 5 milhões para obras de saneamento na cidade. E que por meio de convênio entre Compesa e Codevasf os bairros Jatobá e Fernando Idalino serão contemplados com a implantação de rede coletora para o devido esgotamento sanitário destas localidades.
A notícia deve ser festejada já que representa progresso para estas comunidades. Todavia, talvez seja oportuno perscrutar por que não se fala no saneamento do centro da cidade. Pois vem sendo prometido a mais de vinte anos por todos aqueles que se elegeram a prefeito em Petrolina, sem, contudo, haver até o presente momento nenhuma iniciativa por parte dos administradores que se sucederam á frente da gestão municipal desde o primeiro afundamento da via na Avenida Fernando Góes, no trecho defronte ao hospital Dom Malan.
Devo adiantar que este editorial não tem o condão de ser apenas uma crítica e, sim, uma sugestão oportuna já que o BNDES tem anunciado que investirá fortemente em obras de saneamento pelo país, como medida de fomento e geração de empregos, principalmente no setor de construção civil, fortemente abalado pela atual e persistente crise econômica.
Ademais, é oportuno também dizer que o tempo propício é este. Quero dizer, que a melhor ocasião para empreender obras que de imediato só trazem transtornos aos comerciantes e transeuntes é no primeiro ano de governo do novo prefeito, pois nesta época não busca ele votos e sim aprovação do contribuinte, que mesmo maldizendo os infortúnios causados pelos serviços de escavação e interrupção de vias públicas saberá reconhecer, com o passar do tempo, a grandiosidade do gesto encampado pela nova gestão municipal.
Isto posto, caro prefeito, na esperança de que correligionários seus lhe dê notícia desta humilde sugestão, fica aqui meu apelo para que Vossa Excelência não se renda aos gestos fáceis do discurso ou às indulgências efêmeras das obras suntuosas, e atente para grandeza de gestos singelos como o cuidado com as pessoas a natureza.
Por: Adão Lima de Souza.
Isto Posto…Os muros de Trump.
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump, talvez não tenha se dado conta ainda de que a maior importância de seu país foi sempre impor-se como espécie de sustentáculo de relativa paz mundial, mesmo à custa da poderosíssima máquina de guerra que possui, para fazer valer desde a doutrina Monroe o uso diplomático do porrete nas relações internacionais mundo á fora, e, assim, manter sob controle e vigilância a influência daqueles países pertencentes ao denominado eixo do mal, cujos líderes de plantão permanecem havidos em testar a política de distanciamento e isolamento americanos propagado pelo negociador de imóveis.
Assim sendo, não se sabe se por ignorância ou birra de menino riquinho e caprichoso, Mr. Trump deu ontem o primeiro passo para construir o prometido muro de três mil quilômetro na fronteira de seu país com o México, justificando que tal medida é indispensável para assegurar os empregos de operários americanos, ameaçados por práticas comerciais largamente utilizadas pelas suas empresas de gravatas na Índia e Rússia.
Então, tomando de empréstimo as palavras de Barack Obama reafirmo que a ignorância não é de fato uma virtude nem na política nem na vida. Logo, como se tratam de atos de extrema ignorância, os muros do senhor Trump há muito já foram erguidos por ele com trejeitos, falas, injúrias, infâmias, insultos proferidos contra todos que não o aplaudem.
Os maiores e mais instransponíveis que este na fronteira com o México. Muros enormes e aterradores que separam os americanos do México, da América Latina inteira, do Canadá e do mundo. Muros invisíveis de agonia e sofrimento a separar violentamente negros e brancos, héteros e homossexuais, homens e mulheres, nativos e migrantes, enfim, muros de isolamento construídos com a arrogância e menosprezo pelo outro.
Isto posto, caro Trump, quando os americanos se derem conta estarão numa redoma feita pelos muros que a ignorância construiu em vez de salutares pontes.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto…Porque não Celso de Mello?
Com a trágica morte do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, elevada por alguns ao status de maior patrimônio da sociedade brasileira nestes tempos de corrupção galopante, a pergunta que ecoa nos quatros cantos da nação é quem será o novo ministro responsável pela condução das colaborações feitas por mais de setenta executivos da Odebrecht.
A ministra Carmém Lúcia, atual presidente da corte, bem que ensaiou um movimento em direção á assunção do encargo dessas homologações, cujo teor fora alcunhado de “delação do fim do mundo” devido os mais de duzentos políticos possivelmente denunciados pela a empreiteira chafurdada até o pescoço no lodaçal arquitetado pelos partidos políticos e empresários cheios de ojeriza pela Lei.
Hoje, com evento trágico que vitimou o insigne jurista alçado ao comando da mais importante investigação de corrupção política da história do Brasil, nomes de aliados dos investigados surgem no horizonte causando apreensão quanto a rumo dos acordos de colaboração capazes de levar para o banco dos réus desde “prefeitinhos”, como dizia o folclórico senador piauiense Mão Santa, passando por influentes deputados e senadores e ministros próximos à presidência até o habitante maior do Palácio do Planalto.
Isto posto, estou convencido de que o único que reúne condições morais hoje para assumir os trabalhos iniciados pelo Teori Zavascki é, sem sombra de dúvida, o decano do Supremo Tribunal Federal, o ministro Celso de Mello. E porque não? Já que enquanto alguns ministros são acusados de serem tucanos e outros petistas, como Gilmar Mendes e dias Tóffoli, os demais vivem enredados em trapalhadas monumentais como afastar presidentes do Poder Legislativo ou estabelecer procedimentos de votação em matéria de competência da Câmara de Deputados.
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto…Os “acidentes” do sistema carcerário apodrecido.
Depois de um ano extremamente conturbado como foi o de 2016, com acontecimentos inusitados em diversas áreas da sociedade, 2017 desponta com uma velha novidade indigesta, que vem há tempos tirando o sono da população, que é a insegurança pública manifestada nas recorrentes rebeliões dentro dos presídios.
Já no alvorecer do ano novo, em Manaus, eclodiu a primeira sangrenta rebelião de presos. No conjunto penal Aníbal Jobim, mais de trinta custodiados foram decapitados de forma bárbara a demonstrar que as facções criminosas que administram o sistema carcerário brasileiro reafirmam sua palavra de ordem por meio de episódios aterrorizantes que não podem ser denominados de “acidentes” como fizera nossas maiores autoridades em Brasília.
Logo em seguida, em resposta, ao que parece, o conhecido Primeiro Comando da Capital – PCC, facção criminosa saída de São Paulo para o país, numa demonstração de força, poucos dias depois da tragédia amazonense, promovera em Roraima seu espetáculo de terror, mandando cortar mais cabeças, como se fosse a rainha louca de Alice no País das Maravilhas.
Agora, mais recente, explodiu nova rebelião no presídio em Natal, Rio Grande do Norte, com outras dezenas de cabeças decepadas e exibidas como num dos episódios da série americana Game Of Trones, em que os ocupantes do trono dos sete reinos – aqui das vinte e sete unidades carcerárias da federação brasileira – trucida e expõe os restos mortais de seus inimigos como exemplo do preço a pagar por quem ousa desafiá-los.
Enquanto isso, os homens de Brasília, “experts constitucionalistas” como os senhores Michel Temer e Alexandre de Moraes, aparvalhados, limitam-se a balir como as ovelhas da Revolução dos Bichos que Segurança Pública é competência constitucional dos estados da federação, não podendo o Governo Federal intervir sem um pedido misericordioso de socorro feito pelos governadores, habituados, como regra, a recorrerem ao acordo de cavalheiro firmado com os chefes das facções criminosas para manutenção da ordem dentro das penitenciárias sob jurisdição do executivo estadual.
Isto posto, o presidente e o ministro são protegidos pela Constituição; os governadores de estados se protegem através de acordos com criminosos; as facções criminosas se protegem financiando governadores coniventes com a atuação delas dentro das penitenciárias ou pelo promoção de espetáculos de terror que intimida as autoridades brasileiras, sujeitas estas tão somente a sanções aplicadas por organismos externos quando comprovada a violação de Direitos Humanos, como a intervenção militar autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU.
E você, caro cidadão, como se protege? Talvez prefira o trunfo do xadrez ensinado por Raul Seixas e “saia pela tangente disfarçando uma possível estupidez”
Por: Adão Lima de Souza
Isto Posto… O que esperar dos novos gestores municipais?
Depois de empossados, alguns prefeitos Brasil a fora, já no primeiro dia de mandato, saltaram com proezas inéditas ou recorreram a velhos métodos do vetusto populismo arraigado em nossa cultura política.
O prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), embora se dizendo sempre gestor e não político, não esboçou qualquer constrangimento ao lançar mão de conhecido gesto midiático ao vestir-se de gari e, empunhando uma vassoura, varrer as ruas da capital, como se quisesse nos lembrar do mote inesquecível do enigmático político Jânio Quadros que sacou da cartola o “Varre, Varre, Vassourinhas”
Além disso, não fugindo da tônica de controle dos gastos públicos, anunciou o corte de 15% dos contratos e 30% dos cargos comissionados, como pontos emergenciais para “readequação” da gestão paulistana.
Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) demitiu mais de dois mil servidores públicos, com uma só canetada em busca do ajuste fiscal.
Outros prefeitos não fizeram nada. Pois se depararam com gabinetes às escuras, tendo que tomar posse à luz de velas, como os atuais gestores Totó Ribeiro (PSDB), de Curral de Lima, e Mônica Cristina (PSB), de Pilõezinhos, na Paraíba. Ou, ainda, nada fizeram por conta da sede depredada como em Mesquita, na Baixada Fluminense, onde o novo prefeito Jorge Miranda encontrou o prédio deteriorado, sem internet e sem impressoras.
Em Curitiba, por sua vez, o prefeito Rafael Greca (PMN) não anunciou seu pacotão de medidas porque foi internado no Hospital Marcelino Champagnat.
No entanto, o mais estranho aconteceu em Macaparana, Zona da Mata Pernambucana onde o prefeito Maviael Cavalcanti (DEM) só tomou uma medida, porém, a mais esdruxula: suspendeu os trabalhos da única viatura do SAMU.
O do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), no primeiro dia de governo, deu seu sangue!
Isto posto, pergunto-vos, caros eleitores, o que fizestes de vossa escolhas se nada esperavas de vossos ungidos? Então, atentai para o provérbio do velho caudilho Brizolla: “Entre o diabo e o coisa ruim sempre vence o inferno”.
Por: Adão Lima de Souza