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RODRIGO-ZVEITER: O Direito de Trairagem
E então Plebe Rude, figurantes dessa Nau-Brasil desgovernada, nação futurista, trazida pelas caravelas d’além-mar de Pedrálvares, este que vos fala é PONCIANO RATEL, alçado a patente de Desabestalhador Geral da República em revide ao grassamento das contingências morais nestas paragens tupiniquins.
No proselitismo iconoclasta de hoje, a “Trairagem” entre a súcia de sacripantas que vive encravada na pele apodrentada do governo como chatos nas partes pudendas, como direito natural dos ratoneiros escondidos nos recônditos dos Palácios da Governança, a quem alcunhamos de notáveis delinquentes federais.
O que nos dão conta os noticiamentos hodiernos é que, seguindo a máxima dos filmes Hollywoodianos, cujo ditado mais repisado assevera que “todos nós temos um plano até sermos atingidos”, o até aqui poderoso atual presidente de araque da República dos Bananas acaba de ser atingido por uma mala de quinhentos mil dinheiros, destroçando seu plano de permanecer no poder até o fim de 2018, em virtude de denúncia criminal impetrada pelo primeiro dos seus quatro Rodrigos – o Janot da PGR.
E agora, segundo os tabloides mais versados no entretimento e na venda de leituras de fácil degustação, o destino do presidente mesoclítico depende do mesmo ajuntamento de pessoas de diversos partidos e outros partidos diversos da Lava Jato que outrora enxotaram o presidente caçador de marajás Fernando Collor de Mello, após este ter sido fortemente atingido por um FIAT Elba quando seu irmão traidor delatou as falcatruas do tesoureiro PC Farias.
Ou ainda, mais recentemente, como resultante da ação da “Confraria de Criminosos” do Detrito Federal, vitimada pela incompetência e a corrupção grassante, através de impeachment, pode-se acompanhar o bota-fora de Dilma Coração Valente, cujos contornos da deposição foram traçados pelo habilidoso escudeiro traidor Michel Miguel Elias Temer Lulia – vulgo mordomo de Conde Drácula, para depois se encalacrar no Palácio do Planalto feito um Jaburu… Não havendo aqui qualquer referência a ave, é claro!
Hoje, informam-nos os libelos mais benquistos pelos letrados, conforme os inteiramentos acusatórios da grande mídia falada e escrevinhada, que o chefe supremo deste ministério de notáveis bandidos, cujo segundo Rodrigo, o assessor pessoal, Rocha Loures foi flagrado com uma mala cheia de dinheiro surrupiado do povo, a mando seu, depende da lealdade generosa da articulação política dos dois outros proeminentes rodrigos – Maia e Pacheco – para também não ser escorraçado pelos mesmos políticos astuciosos e cheios de ojeriza pela lei, no que seria um ato de traição oportuno e benfazejo de seus partícipes na empreitada criminosa desvelada pela República de Curitiba.
Também alardeiam os ditos pasquins, que devido ao nosso traquejo peculiar de cumprir as diligências impreteríveis ao bom andamento da governadoria, estaria se forjando no sepulcro político de Brasília uma nova traição – aos moldes da inconfidência – comandada pelos Silvérios delatores Rodrigo Pachecho e Rodrigo Maia, numa tramoia mais ou menos assim: o Pacheco, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) escolhe um relator fora do círculo estreito de bajuladores do Temer; enquanto o Maia, presidente da Câmara de Deputados, articula seu nome para a sucessão, num legítimo Direito de Trairagem semelhante aos eventos Collor e Dilma.
Quanto a nós, incautos eleitores, só resta esperarmos que seja feita justiça permitindo-se a livre manifestação da Trairagem entre os traidores da pátria, já que a Justiça capenga desse Brasil sem freiamento sempre aninha a pilhagem institucionalizada, deixando locupletar-se à custa do erário todo tipo de delinquente eleito no golpista sufrágio.
Por ora me despeço. Mas, antes atentai para esta sapiência de Vassili Rozanov: “Das grandes traições iniciam-se as grandes renovações”.
Saudações a quem tem coragem!
PONCIANO RATEL.
Ponciano Ratel: a Grande Lavanderia TSE.
No capítulo que estamos assistindo…
Quem vencerá a batalha travada na imensa lavanderia em que foi transformado o TSE?
Será que os insuspeitáveis magistrados darão ganho de causa a já falecida-senhora-presidenta-honesta-Dilma Rousseff-Coração Valente, deposta numa trama engendrada pela tuia de pilantras que se aninhavam nos recônditos do palácio da governança de madama vermelha?
Será que a corte de notáveis declarará a absolvição e lisura da chapa PT-PMDB, já que os milhões da Ode a Brecht não passam de pequenas doações de empresas generosas que visam somente o progresso da democracia pelo sufrágio eleitoral?
Ou prevalecerá a tese de Michel Miguel Temer Lulia de que todo vice é figura decorativa, sem nenhum protagonismo antes, durante e depois da campanha vitoriosa no sufrágio de cartas marcadas que sempre imperou no Brasil dos partidos prostituídos?
E o embate de notáveis na tribuna da Corte Eleitoral, acabará com a vitória do inteligente relator de nome carinhoso apelativo, que entre um discurso e outro, entre uma aula e outra aos estudantes presentes, joga beijos para torcida brasileira ao explicar, de forma simples e eficaz, que toda roubalheira no país é pública e notória, por isso deve ser considerada na fixação da pena?
Ou levará a melhor o astuto-político-escancarado Gilmar Mendes, cuja missão é convencer outros doutos ministros de que somente deveria o TSE discutir a abstrata normalidade do pleito eleitoral a fim de manter intata a República dos Senhores Intocáveis, cuja promiscuidade com a coisa pública é alarmante?
Este é o país da temeridade, do ajeitadinho, de ministros sacados às pressas para votar favorável à perpetuação da iniquidade grassante?
Então, como dizia Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, autodenominado Barão de Itararé, “de onde menos se espera, daí é que não sai nada”. Pois bem, como se sabe “a moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas, em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele”.
Por fim, um poema do citado autor:
Eu Cavo, Tu Cavas, Ele Cava, Nós Cavamos, Vós Cavais, Eles Cavam.
Não é bonito, nem rima, mas é profundo…
Ponciano Ratel é colunista deste blog.
Ponciano Ratel – Arriba, arriba! A Lava Jato segue arrombando tudo!
No episódio desde internontontem…
Enquanto a alma mais honesta e mais perseguida e caluniada do mundo abandona o palco por um instante, outros terríveis vilões entram em cena, em um revestrés impressionante do nosso imperdível folhetim policial.
O capítulo de hoje contradiz a filosofia moderna…Existe verdade, sim! Pois, num enquadramento improvisado pela ação controlada dos tiras, a verdade vem à tona: ninguém está a salvo das reviravoltas inesperadas da luta épica entre a República dos Mocinhos de Curitiba e os Malfeitores da República de Brasília.
Passo a passo o novelo se desenrola, a trama se intensifica sob a meia escuridão da sala de interrogatório.
Quem ficará por último para apagar as luzes desta pátria-mãe-tão-distraída-que-dorme-sem-saber-que-é-subtraída-em-tenebrosas-transações, desveladas em oportunas delações?
Enquanto isso na Sala de Justiça…
Conseguirá Michel Miguel Elias Temer Lulia, o mesocrítico-mordomo-de-conde-drácula, convencer os incautos de que jamais quis comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, cujo pseudônimo na lista da Odebrecht era Caranguejo, em virtude da falta de desenvoltura no seu caminhar “treitoso” para lá e para cá?
E até quando vai se segurar na cadeira presidencial se tudo que queria era tão somente expressar preocupação com o bem estar do colega propineiro, dizendo caridosamente: “tem que manter isso, viu?
E quanto ao playboy arrogante das Minas Gerais, sobreviverá ao tiro certeiro dado pelos delatores da dupla sertaneja Joesley e Wesley?
Escapará o quase-presidente-senador-acusado-de-todo-tipo-de-roubalheira-do-dinheiro-do-povo dos braços e abraços afetuosos do nosso Harvey Dent Sérgio Moro ou continuará “ Mineirinho” insistindo que nada fez de errado, pois sua honradez vale mais que a Carne Fraca negociada na JBS?
E na vigência do “Fora Temer”, temos um Frank Serpico que se recusará a receber subornos, ao contrário do resto dos nossos heróis contemporâneos, ou nossa novel acabará como um Game of Thrones tupiniquim, um trono de ferro “inabancável”?
É melhor ficar de olho aí, como dizia o poeta.
Ponciano Ratel é colunista do Blog Cidadania Ativa.
Ponciano Ratel: Faroeste Caboclo!
Num enquadramento longamente planejado, homens trajando couro, chapéu quebrado e coldre na cintura tomam seus lugares na perspectiva da rua deserta. Enquanto isso, donzelas apreensivas fecham as janelas, sob o protesto de mercadores aborrecidos com o assobiar do vento varrendo os recônditos dos desvãos para onde são sopradas bolas de gravetos…
Lá fora, sob o sol vespertino, dois destinos se enfrentam para decidir o rumo do país!
Será mesmo o duelo final da Lava Jato?
No rodopiar da câmera, para capturar a silhueta notável dos contendores, antever-se o bravo xerife Moro preparando-se para sacar antes das trapaças do fora-da-lei Ninefinger.
Assim, como na saga de João de Santo Cristo e o perverso Jeremias, amanhã, às duas horas, no lote 15, todo povo irá pra ver o homem que atirava pelas costas e matava gente inocente com o dinheiro sujo da corrupção.
Quem se atreverá a ignorar a cidadela dos pinhais depois que o duelo foi notícia na TV?
Enquanto isso, noutra parte da telona, cena canhestra se desenrola com a suprema instância máxima da impunidade sendo alvejada pelo tímido Fachin e o pelo Procurador-Mor Janot, ambos acusando o intragável ministro rubro-azul Gilmar Ferreira Mendes – homem dos capangas do Mato Grosso, segundo Barbosa (o Joaquim e o Rui) – de tentar socorrer os “reféns” da República de Curitiba, ao inaugurar a temporada de venda de alforrias para os indesejáveis visitantes da Corituba (coré + tyba = “porco” + “muito” ou coré + tyba, cujo significado ao todo é “muitos porcos”).
Encontrará, finalmente, seu desfecho a odisseia travada para defenestrar da vida pública os trezentos picaretas que Luiz Inácio falou?
Ou será apenas mais insípido Fla-Flu num Maracanã arrasado pela concupiscência dos mandatários maiorais deste Brasil sem rédea?
Quem se mostrará mais rápido no gatilho? O crédulo Santo-Cristo-Moro – o admoestador – ou o habilidoso Lula, que ameaça virar presidente e mandar prender os juízes, os procuradores, os polícias e os boca-moles da imprensa toda chapa-branca que fala mal do desapegado ex-operário-presidente?
Não deixe de acompanhar os próximos capítulos para saber quem falará com o presidente pra ajudar toda essa gente que só faz soofreerrrr?
E atentai bem, assim como na guerra, na política a primeira a ser atingida é verdade.
Ponciano Ratel é colunista do blog Cidadania Ativa
PSDB não deixe de seguir o PT.
O Brasil sabe que vocês são irmãos siameses, que são duas alas de um mesmo partido. Pois o país tem pleno conhecimento da jornada lado a lado que os dois fizeram nas últimas três décadas. Porque todos vimos as fotos de Lula e FHC abraçados durante os movimentos sindicais dos anos 1970, acompanhamos PT e PSDB alinhados no debate da Constituinte de 1988 e votamos desde 1994 nos candidatos ora de um, ora do outro partido, nas últimas seis eleições presidenciais consecutivas.
Então, temos conhecimento, pelos acontecimentos recentes que cordão umbilical sempre ligou o PSDB ao PT é inquebrável, e a Lava Jato não deixa dúvidas de que até mesmo na ilicitude e na iniquidade são parceiros inseparáveis, facções da mesma organização criminosa.
Ademais, nunca foi segredo o forte alinhamento fisiológico e ideológico entre PT e PSDB, basta rever a expressiva e contínua votação dos tucanos nos projetos petistas durante esses últimos 13 anos, confirmando, assim, o pragmatismo igual de Coxinhas e Petralhas, e nos daremos conta de que sempre se tratou da mesma agremiação política, apenas dividida em alas á esquerda e à direita do centro de seus próprios egoísmos.
Portanto, PSDB, como é certo que morrerás sufocado e abraçado ao PT no mesmo lodaçal de lama da corrupção que teu gêmeo irmão PT, tenhais, ao menos, como último um gesto de decência e dignidade, permanecendo fiel a tua carametade-petralha, e fechais questão contra a perversa Reforma da Previdência que ceifará o direito de aposentadoria do cidadão brasileiro.
Talvez, quem sabe alguém, num gesto de solidariedade cristã, acompanhará o féretro com teu corpo putrefato a caminho da ignomínia que o futuro reserva para ti e para o PT.
Ponciano Ratel.
PONCIANO RATEL: A saga da Lava Jato.
O insosso médico sanitarista Antônio Palocci propôs um pacto com o destemido herói, nosso Harvey Dent Sérgio Moro, prometendo mais um ano de trabalho para os mocinhos da República de Curitiba contra os malfeitores da República do Caixa 2 da propinocracia.
Na ocasião, disse o Italiano que contaria tudo que fez durante os anos em que comandou a economia do governo de Lula – O Desapegado e a Casa Civil de Má-Dama Dilma-Coração Valente.
Então caros espectadores, não se atrevam a perder um só capítulo do desenrolar desta intricadíssima crônica policial dos trópicos. Acompanhe atentamente este intrigante jogo de xadrez da corrupção Bruzundangas, com cavalheiros e damas chafurdados até o pescoço na lama da roubalheira e na orgia com o dinheiro do povo trabalhador, pacífico e ordeiro deste Brasil sem Z.
Quem ousará se distrair por um minuto sequer? Pois tudo pode mudar num segundo – com heróis virando bandido e ladrões prendendo juízes – se funcionarem as ardilosas tramas feitas pelo Sindicato do Crime para sufocar a Operação Lava Jato.
E como separar se só há joio?
Poderá o STF controlar o ímpeto dos jovens promotores de barba incipiente, asseverando que é excessiva a prisão domiciliar de corruptos poderosos, enquanto aciona o “foda-se” para os 40% de negros pobres que abarrotam os presídios, cumprindo eternamente alongadas prisões provisórias?
Quem vai saber se o povo se insurgirá como novo herói desta cruzada moral, impedindo, assim, que legados da gigantesca corrupção persigam jacentes, ao mesmo tempo em que se denotam a adjacência de milhões de bens a satisfazer os caprichos de desapegados falsos heróis da nossa política clientelista?
E será mesmo a delação do Italiano, amigo do desapegado amigo Lula, mais bombástica que as 77 confissões dos executivos da corruptora-mor Odebrecht?
Quem vai saber se ainda faltam os bancos e as togas?
Finalmente, caro telespectador, quem, outrora, poderia imaginar que os folhetins criminais da era moderna teriam mais audiência que tediosas novelas globais, superando até mesmo os pastelões mexicanos infinitamente repetidos pela TV do homem do baú?
Ponciano Ratel é colunista deste blog.
LAVA JATO: Cenas do próximo capítulo!
PONCIANO RATEL – Quem sobreviverá ao juízo final desta batalha épica e definitiva entre a República de Curitiba e a República do Caixa 2?
Sobrará pedra sobre pedra no descampado moral da patifaria política brasileira, que sequestrou e mercantilizou a dignidade do povo trabalhador nos recônditos nefastos dos palácios da governança nacional ?
Ou será que Petralhas e Coxinhas finalmente deixaram as falsas desavenças de lado e se unirão para criar o crime de interpretação da Lei e derrotar, com punições severas, o intrépido herói nacional, nosso Harvey Dent Sérgio Moro, consumando, assim, o que a queda de Coração Valente deveria propiciar?
Grandes emoções aguardam este povo de índole passiva, nessa saga dos mocinhos contra os quarenta milhões de ladrões capitaneados pelos intocáveis senhores da República, dos azuis Aécio, Temer, Fernando, Sarney, Renan, Jucá até o inocentíssimo – e desapegado das coisas materiais – Lula e seus asseclas vermelhos.
E as incríveis delações feitas por antigos partícipes do crime de lesa-pátria, se confirmarão todas ilícitas por serem resultantes de arbítrio judicial e tortura psicológica de executivos honrados e inofensivos do clube dos empreiteiros?
Não perca e veja que Brasil sobreviverá dos escombros dos próximos capítulos desta intrigante e persistente saga dos Elliot Ness paranaenses contra os Al Capones da tríade PT/PSDB/PMDB.
E aguardemos para ver se o desidioso STF tergiversará mais uma vez dizendo que mandará instaurar Inquérito Policial para apurar as irregularidades e punir os responsáveis, enquanto os crimes prescrevem, um a um, fazendo valer desejos incontidos e confessados pelo maioral da Odebrecht, quando achava que gente como ele jamais seria alcançada por nossas leis passionais e impotentes.
Ponciano Ratel é colunista do Blog Cidadania Ativa.
Luís Eduardo: Prolegômenos para uma hermenêutica analógica
Em artigo publicado no site Justificando, o professor da UNEB Luís Eduardo Gomes do Nascimento, apresenta-nos noções prefaciais de uma hermenêutica a ser acolhida pela filosofia moderna como compreensão interpretativa consistente na revivescência psicológica dos processos de pensamento capazes de transpor certo saber necessário para imergir-se numa comunhão de almas.
Assim, negando a assertiva de que a escritura se desvela ainda presa à dicotomia epistemológica explicação/compreensão, onde natureza se explica e história se compreende, o insigne professor preleciona, em seu texto introdutório, que a hermenêutica seria a indicação do a priori intersubjetivo sobre a mera descrição dos fatos.
Destarte, por sua vez, a hermenêutica analógica apresentar-se-ia como uma saída para a celeuma entre univocidade e equivocidade. E uma vez que não há como apartar a analogia da interpretação do direito penal, o qual é informado pelo princípio da legalidade, restaria tão somente encontrar, dentre as múltiplas significações do ser, uma filiação que, sem proceder de uma divisão de gênero em espécie, constituisse ainda assim uma ordem.
Leia o texto Prolegômenos para uma hermenêutica analógica, em:
http://justificando.cartacapital.com.br/2017/01/16/prolegomenos-para-uma-hermeneutica-analogica/
Comentários: Adão Lima de Souza
E APOIS! – REFORMA PREVIDENCIÁRIA É FARSA: FORA TEMER!
OS “ELES” QUEREM NOS FAZER CRER que depois de um bem sucedido golpe parlamentar contra a madama da gastança desenfreada, o legatário da façanha mereça tratamento diferenciado, mesmo não tendo êxito com o plano perfeito oferecido para recuperar a economia, que caminha a passos largos da recessão para a profunda depressão, como demonstram os indicadores oficias. É o caso do futuro-pretérito atual presidente da República, Michel Temer, o eloquente-mesoclítico-proselitista-falastrão, e sua perversa reforma da previdência, levada a cabo sob a alegação falsa de salvaguardar o direito de gerações futuras.
Primeiramente (além, é claro, do fora Temer!) é preciso desmitificar o discurso fabricado de déficite previdenciário, já que todos os estudos sérios sobre o tema, como os feitos pela Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), responsáveis pela contabilidade da arrecadação de tributos no Brasil, dão conta de que a Seguridade Social como um todo, e principalmente a Previdência Social, é, ao contrário do terrorismo vendido pelo governo, como sua reforma perversa, superavitária.
Tais estudos, dentre outros não menos relevantes, demonstram que se considerada a soma das receitas brutas da contribuição previdenciária de R$ 349 bilhões mais a receita total arrecadada com tributos como CSLL, CONFINS, PIS-PASEP, constitucionalmente destinados a financiar a Seguridade Social, que juntos somam R$ 310 bilhões, temos orçamento da ordem de R$ 686 bilhões para um gasto anual do Governo Federal com Saúde, Assistência e Previdência, a exemplo de 2014, de R$ 632 bilhões, o que deixa como saldo positivo a expressiva quantia de R$ 54 bilhões, lançando por terra a falácia de déficite previdenciário alardeado.
Diante disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se as reformas estruturais que o país precisa são alicerçadas em mentiras propagadas por quem deveria inspirar confiança, então, a fim de tornar a máquina eficiente, seria oportuno defenestrar imediatamente do comando um presidente cujo desprezo condenável pelos bens da comunidade, reflete-se inegavelmente nas mentiras fabricadas para enganar o povo”. Os economistas e doutores em Gestão Pública e outras pessoas letradas a serviço dos “Eles” dirão que, pela conjuntura política, no que tange ao modo de administrar, para o setor público somente é pertinente considerar os mecanismos de contenção de despesas e a ganância pelo lucro.
E quanto ao seguimento da população diretamente atingido por essas medidas desarrazoadas e inoportunas, já que trabalhadores e seus familiares são frequentemente surpreendidos por reforma perversas, cujo único intento é retirar-lhes os parcos direitos assegurados pela Carta Maior e cotidianamente desrespeitados por uma súcia de sacripantas que se perpetuam no poder, entenderá, algum dia, que o prazo de validade de qualquer governo é até o exato momento em que este insinua a mínima intenção de ofender o menor direito de qualquer cidadão comum? E que, quando se fala em salvaguardar o direito à aposentadoria das gerações futuras, com reformas previdenciárias perversas como a do senhor Temer, quer-se, na verdade, pela envergadura grandiloquente das medidas improfícuas apresentadas, reafirmar o status Quo dos “Eles” e o profundo desprezo que nutrem pelo povo?
E é por essas e outras, que, no Brasil, eleger mandatário para cargo público significa conceder-lhe outorga para agir conforme os ditames da própria consciência suja, e não no interesse comum coletivo, já que no caso de gestão temerária e nociva ao erário afasta-se o personalismo para dá lugar a generosidade do contribuinte em financiar aventuras egoístas do gestor de plantão, enquanto este se refestela com a condescendência de leis pusilânimes, feitas para proteção dos “Eles”.
Então, como dizia certo pensador: “Fraldas e governantes devem ser constantemente trocados”. Por outro lado, dizia Weber que há duas maneiras de se fazer política: ou se vive para ela ou se vive dela. Porém, num caso ou noutro, nada se perde em perceber que o mais notável na democracia, além da fragilidade de qualquer mandato eletivo, é a facilidade com que o governante passa da crônica social para a crônica policial, e vice-versa. EU É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”. E VOCÊ?
Por: Adão Lima de Souza