Pequisa aponta queda na avaliação de Doria
Publicada neste domingo (8), pesquisa Datafolha mostra uma piora relevante na avaliação de Doria à frente da prefeitura. O tucano despencou quase dez pontos percentuais na aprovação de sua administração. O prefeito tem 32% de aprovação, 26% de rejeição e 40% de avaliação regular entre os paulistanos. Há quatro meses, Doria pontuava 41% de ótimo/bom, 22% de ruim/péssimo e 34% de regular.
Com margem de erro de três pontos para mais ou menos, entre os 1.092 entrevistados de 4 a 5 de outubro, a curva é francamente desfavorável ao prefeito: fora do empate técnico em todas as simulações. Pela primeira vez, a avaliação regular supera a positiva desde que sua gestão começou, em janeiro.
Datafolha avaliação do prefeito Joao Doria
Na manhã deste domingo, ele culpou diretamente a gestão do antecessor. “Estamos com nove meses de gestão à frente da Prefeitura de São Paulo, sem recursos. Temos R$ 7,5 bilhões de deficit no orçamento da prefeitura [em relação à receita prevista pela gestão anterior]. Que foi herança do PT, que nos deixou esse rombo”, disse Doria.
Como mostrou a “Agência Lupa”, relatório do Tribunal de Contas do Município sobre as contas de 2016, a última de Haddad, diz que o caixa bruto da prefeitura no fim do ano passado era de R$ 5,34 bilhões. Porém, depois de descontadas as despesas que deveriam ser quitadas no curto prazo, o saldo restante seria de R$ 3,15 bilhões. Mas o tribunal ressaltou que, desse montante, apenas R$ 305,7 milhões seriam recursos livres, ou seja, aqueles que poderiam ser usados para pagamento de qualquer despesa. Em comparação, Gilberto Kassab deixou a Prefeitura de São Paulo em 2012 com mais verba livre: R$ 494,9 milhões.
No fim do mandato, em 2016, a gestão Haddad reduziu gastos em várias áreas. Foi um esforço para evitar um rombo nas contas que, no entanto, afetou serviços. Até a produção de asfalto para recapeamento das vias foi paralisada.
Outro ponto de redução do caixa da prefeitura foi a decisão de Doria de congelar a tarifa de ônibus neste ano em R$ 3,80. O custo dessa escolha, estima a prefeitura, será de R$ 400 milhões até dezembro. O valor está dentro do subsídio pago às empresas de ônibus (diferença entre o que os passageiros pagam e os custos do serviço), que deve atingir R$ 3 bilhões em 2017.
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