Ponciano Ratel: a Grande Lavanderia TSE.
No capítulo que estamos assistindo…
Quem vencerá a batalha travada na imensa lavanderia em que foi transformado o TSE?
Será que os insuspeitáveis magistrados darão ganho de causa a já falecida-senhora-presidenta-honesta-Dilma Rousseff-Coração Valente, deposta numa trama engendrada pela tuia de pilantras que se aninhavam nos recônditos do palácio da governança de madama vermelha?
Será que a corte de notáveis declarará a absolvição e lisura da chapa PT-PMDB, já que os milhões da Ode a Brecht não passam de pequenas doações de empresas generosas que visam somente o progresso da democracia pelo sufrágio eleitoral?
Ou prevalecerá a tese de Michel Miguel Temer Lulia de que todo vice é figura decorativa, sem nenhum protagonismo antes, durante e depois da campanha vitoriosa no sufrágio de cartas marcadas que sempre imperou no Brasil dos partidos prostituídos?
E o embate de notáveis na tribuna da Corte Eleitoral, acabará com a vitória do inteligente relator de nome carinhoso apelativo, que entre um discurso e outro, entre uma aula e outra aos estudantes presentes, joga beijos para torcida brasileira ao explicar, de forma simples e eficaz, que toda roubalheira no país é pública e notória, por isso deve ser considerada na fixação da pena?
Ou levará a melhor o astuto-político-escancarado Gilmar Mendes, cuja missão é convencer outros doutos ministros de que somente deveria o TSE discutir a abstrata normalidade do pleito eleitoral a fim de manter intata a República dos Senhores Intocáveis, cuja promiscuidade com a coisa pública é alarmante?
Este é o país da temeridade, do ajeitadinho, de ministros sacados às pressas para votar favorável à perpetuação da iniquidade grassante?
Então, como dizia Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, autodenominado Barão de Itararé, “de onde menos se espera, daí é que não sai nada”. Pois bem, como se sabe “a moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas, em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele”.
Por fim, um poema do citado autor:
Eu Cavo, Tu Cavas, Ele Cava, Nós Cavamos, Vós Cavais, Eles Cavam.
Não é bonito, nem rima, mas é profundo…
Ponciano Ratel é colunista deste blog.
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