O protesto volta às ruas brasileiras a um mês da Copa
Depois de vários meses de um quase silêncio, os sindicatos e os movimentos sociais brasileiros lançaram o sinal inequívoco de que a próxima Copa do Mundo, que começará em pouco mais de um mês, não será o evento pacífico e calmo que pretendem a FIFA e o Governo de Dilma Rousseff.
Pode ser dada por inaugurada a nova grande temporada de mobilizações e protestos no Brasil, pois as que aconteceram nesta quinta-feira em várias capitais do país devem se somar nas próximas semanas às já convocadas por diferentes setores sociais.
A ressonância midiática do Mundial e a proximidade das eleições presidenciais, previstas para o próximo 5 de outubro, facilitarão o que poderia ser uma tormenta perfeita.
Dilma Rousseff prometeu que esta será a “Copa das Copas”, em referência ao mega investimento realizado em instalações e infraestrutura e à eclosão de alegria e cor que o povo brasileiro costuma protagonizar durante as competições mundiais.
Fazia 64 anos que o Mundial não voltava ao Brasil, país onde o futebol é vivido como uma questão de vida ou morte: como se fosse uma religião. Mas nenhuma destas razões parece ser um correto catalisador do entusiasmo popular.
Algo falhou para que os brasileiros decidissem voltar às ruas no momento mais crítico, quando todos os olhos do mundo estão no país. O mal-estar social diante da forma como tem se gestado esta Copa do Mundo é palpável e o corroboram as pesquisas de opinião.
Por enquanto, mobilizações de diferentes dimensões começaram a alterar a rotina de Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Belo Horizonte, Salvador e Manaus.
Parece que o grito de guerra “Não vai ter Copa” voltou a acender como a pólvora.
Fonte: EL País.
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