Em entrevista, Eduardo Campos promete que só decidirá candidatura em Minas nas convenções.
Em entrevista ao Jornal da Manhã de Uberaba, em Minas Gerais, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) afirmou que a definição entre ter uma candidatura própria no estado só ocorrerá em junho, durante a convenção do partido. Pré-candidato à Presidência da República, Campos havia combinado com o também presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG), que um partido apoiaria o outro nos dois estados de origem.
“A gente vai ter que ter um pouco mais de paciência para viver o debate político dentro do PSB e tomar essa decisão até junho. Imaginava que isso pudesse ser resolvido com o diálogo interno, mas o fato é que o diálogo interno aponta que as pessoas querem mais debate e ir até a instância partidária que resolve, que é a convenção”, afirmou.
O rompimento em Minas Gerais pode ser o estopim para que o PSDB decida ter uma candidatura própria em Pernambuco. Nesse sábado (10), o presidente do partido, o deputado federal Bruno Araújo, divulgou uma nota alertando que “pau que dá em Chico, dá em Francisco”. Ele pediu ao deputado estadual Daniel Coelho que fique de sobreaviso para ser candidato da legenda ao Governo de Pernambuco ou ao Senado numa “missão majoritária”.
Em conversa com um Blog, Daniel confirmou o pedido e disse que a prioridade dos tucanos é a conjuntura nacional. “Nós abrimos mão de uma candidatura competitiva aqui em Pernambuco em função de um entendimento de que o PSB faria o mesmo lá em Minas. Se não há esse entendimento, nós passamos a ter a possibilidade de discutir uma candidatura”, disse.
Na última semana, Eduardo Campos e a sua vice na disputa presidencial, a ex-senadora Marina Silva (Rede/PSB), têm tido diversos desentendimentos com Aécio. Tanto o pernambucano como o mineiro ambicionam estar no segundo turno da disputa presidencial contra a petista Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição.
Já em Pernambuco, tucanos e socialistas também trocaram farpas após o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB) sugerir que, em um eventual segundo turno, Campos tenderia a apoiar Dilma e não Aécio.
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