Censura não, bolsa-silêncio!

SBT

Mais um jornalista é destituído do direito de usar seu instrumento de trabalho: a liberdade de expressão. Por evidência, outro fim não emergiria das sombras de um governo ungido, cálido e induvidoso como o PT, não é?

Paulo Eduardo Martins, alardeador das verdades petistas, viu-se demitido do Jornal das Massas, da Rede Massa, filiada ao SBT no Paraná, quando – deve ser crime em algum código de proteção e apologia ao cinismo – advertiu o povo das características ditatoriais do governo vermelho instalado aqui no Brasil nesse decênio. Revelou algumas peculiaridades simbólicas do “estado mental petista”.  Alertou para a não utilização de tanques de guerra nas ruas em razão de não haver necessidade, e só!

E o povo, hilário – porque o humor a tudo abraça – morre pela guilhotina a reclamar da inquisição, mas não de uma ditadura implacável contra o direito de constituir-se livre! Afinal, ditadura é coisa que não renasce!

E assim, com a superdosagem da cara de pau do Governo, o dia-dia tem-nos impingido lentidão na irresignação, talvez por desfalecimento da esperança ou coisa afim. Muito embora, as ruas, sob a luz de um Sol inesperado tenham sido sombreadas pelo pedaço de brasileiro nos movimentos de contestação do ano passado!

Não nos surpreenderá apelidarem-no (qualquer Homem livre por nascer) de Sócrates e contratarem Meletos para a condução de um julgamento orquestrado. Pois aqui nesse país, os heróis são fabricados e inofensivos, integrando a paisagem do status quo. Do contrário, ousando surgir um herói pela própria força da vontade de resistência, o Estado ressurge a figura do Carrasco.

Não nos surpreende mesmo o governo não ser surpreendente. Surpreendentes são alguns, erigindo a bandeira da Liberdade, da Democracia, do Estado de Direito, vendendo-a no primeiro momento em que é moeda de troca com o medo ou pior, com o conforto. Estão vendendo a liberdade a preço de pinga!

E a hipocrisia, a maquiagem das lideranças deste país, segue sendo substrato de discurso dos mais velhos homens, porque “os canalhas também envelhecem” e dos mais novos, porque a canalhice virou plano de carreira atrativo.

E tudo segue tão óbvio quanto invisível!

Smailly Silva Pereira Lima

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