Arquivos diários: 17 de junho de 2020

SE BULA! – EM TEMPO DE “CORONAVÍRUS”: ALERTA AO USO DA MÁSCARA DURANTE A ATIVIDADE FÍSICA

Nas ultimas publicações sobre a atividade física e saúde feita aqui na pagina do SE BULA ficou evidenciada a importância da atividade física à saúde e que iniciar um programa ANTISEDENTARISMO seria uma forma saudável a qualquer individuo. Hoje a perspectiva é alertar para o uso de máscara durante as atividades e compreender possíveis riscos.

A atividade física é um fator muito importante nessa fase de isolamento social, e temos visto muitas pessoas tentando aderir a um programa de corridas ou caminhada, mas com comportamentos que podem ocasionar alguns acidentes de natureza fisiológica. Não estou falando de doença, mas de risco durante a prática do exercício físico.

É conhecido que em atividades aeróbicas a troca de oxigênio é o fator que permite a continuidade ou não daquela atividade, normalmente, sendo encerrada por falta de condicionamento físico- esse seria o ideal– porem o que estamos presenciando é a atividade física de caminha e corrida, até mesmo de ciclismo, as pessoas usando máscaras.

O critério aqui não é condenar por nenhum motivo não cientifico o uso da máscara, o intuito é de entender que, as atividades aeróbicas elevam nossos batimentos cardíaco a níveis que não chegamos em repouso, portanto, há sinais de falta de oxigênio naturalmente, usar a máscara irá antecipar essas sensações que não são boas.

A ausência de oxigênio pode ser caracterizada como “hipóxia” no corpo humano: “Pode levar a desmaios, desorientação, problemas de coordenação, alterar o ritmo cardíaco. Pode afetar severamente a fisiologia normal de um ser humano”. É preciso chamar atenção a esses sintomas durante a atividade física e parar IMEDIATAMENTE.

Como dito antes, o uso de máscara certamente atrapalha na respiração durante a pratica de atividade física, daí, então, é recomendável que se quer proteção integral a saúde, todos que forem iniciar ou continuar seu programa de atividade física deve seguir as recomendações de afastamento e não aglomeração, evitando ou tentando evitar o contagio pelo covid-19, mas o uso de MÁSCARA não é recomendável DURANTE A ATIVIDADE, justamente por potencializar o aparecimento dos sinais e sintomas comentados, típicos de “hipóxia”.

A atividade aeróbica é adotada pela maior parte das pessoas por diversos motivos, seja de estética, de saúde ou de treinamento esportivo. A intensidade moderada é a mais comum nessas praticas, usando índices moderados da nossa capacidade respiratória. Naturalmente, vemos pessoas destreinadas reclamarem de enjoo, tonturas, além das dores musculares próprias de alguém que inicia uma atividade física.

Disse própria, em momento algum podemos considerar que são sintomas NORMAIS DA ATIVIDADE. Sempre que qualquer um desses sintomas forem presentes durante sua atividade física deverá parar imediatamente e respirar até sentir controle total do corpo.

Em momento anterior visualizamos que o exercício de intensidade moderada, praticado regularmente, melhora a capacidade de resposta do sistema imunológico assim contribuindo com o objetivo de melhoria da qualidade de vida, portanto séries variadas desses exercícios supracitados.

ALERTANDO que, se estiver fazendo uso de máscara durante sua atividade física seus sintomas relativo a fadiga podem ser acelerados e o limiar da atividade ser reconhecido muito antes do que o normal, e não por beneficio, mas por excesso de esforço causado pela dificuldade na respiração, provocado pelo uso da máscara.

Deixe para usar a máscara no trabalho ou local que seja exigido em virtude de aglomerações e siga as determinações oficiais. Para a atividade física, o uso de máscara não é necessário, tampouco recomendável.

Assim, faça sua atividade física lembrando que seu organismo foi feito para se movimentar, ative-se, mova-se, mexa-se… SE BULA! AFINAL, TODO DIA É SEGUNDA FEIRA.

Por: Cícero Atila Martins Santos, Professor Especialista em Educação Física.

O Racismo à brasileira

Você já imaginou o que é ser negro? Qual a situação do negro aqui no Brasil? Porque a sociedade discrimina as pessoas de cor preta?

O racismo é um problema mundial, mas geralmente aqui em nosso País, é tratado como se não existisse. Esse faz de conta deixa-nos bastante cômodos, e camufla uma situação de fato no nosso dia a dia, em ocasiões corriqueiras e conversas informais, piadinhas que veiculam imagens estereotipadas que inferiorizam o negro. Bem, depois das piadas serem contadas e certamente provocarem risos, há que dê um aperto e mão ou um tapinhas nas costas de um colega de cor preta e diga: “é brincadeira, apesar de negro, você é nosso amigo”.

A outra forma é o subterfúgio, espécie de artimanha de isenção de responsabilidade social, no qual as pessoas atribui ao negro a culpa pela sua situação, pelo seu “destino”. Assim, ao invés de vítima, passa a ser o algoz de si mesmo, e de agredido ele passa a ser o agressor. Essa burla dos fatos pode ser exemplificada em frases como “É o negro que discrimina!”; “O negro é que é racista!”; “O negro é pobre porque quer!”.

O Mito da Democracia Racial

No que diz respeito somente aos negros, no Brasil há um mito que impede que muitos deles se identifiquem propriamente como pessoas negras e partam, juntamente com outras pessoas comprometidas com sua causa, para ação política. É o mito da democracia racial, eficaz por negar que exista conflito entre negros e brancos. No nosso entendimento, o conflito racial existe, sutil, velado, não declarado.

A sociedade resiste em livrar-se de seus mitos porque é difícil encarar a realidade. Quando se torna impossível sustentar a tensão entre o real e o imaginário, entre o objetivo e o subjetivo, são buscadas medidas paliativas que pouco resolve. No nosso caso, a realidade é a existência do racismo; o imaginário é a negativa de que este exista.
O fato de nesse pequeno ensaio estarmos discutindo essa questão interna, mas o racismo no mundo é endêmico. Vários estudos apontam a etnocentria como fator preponderante, entre outros. No caso dos movimentos e protestos atuais nos Estados Unidos, em que pese o assassinato do negro George Floyd, nos remete às correntes de pensamentos ou sentimentos que à medida que circulam socialmente fazem eclodir generalizados movimentos de protesto.

Claro que em momento de pandemia as emoções se exacerbam diante do imprevisto e das temeridades. A tendência é que os protestos atuais venham a ser substituídos por outros temas de protestos, conforme a pauta de cada época. Uma mudança substancial dos atuais protestos poderia surgir se provocasse uma nova legislação ou um novo pacto de lideranças comprometidas com mudanças estruturais no seio das sociedades. Tem sido muito difícil construir novos pactos em decorrência apenas de protestos. A esperança é que surja algum estadista que crie um fato novo para melhor entendimento de processos étnicos e culturais.

Bem! A pergunta que deixo aqui é: o que estamos deixando para as próximas gerações?

Por Celso Franca, Doutor em Educação pela Facultad Interamericana de Ciencias Sociales; Mestre em Sociologia (UFPE); Especialização em Gestão de Negócios Internacionais (FGV); Graduado em Ciências Sociais (UNIFACS); Prof. da FACAPE; Vice – Coordenador do Projeto Escola Verde – PEV.