Arquivos diários: 12 de março de 2019
Isto Posto… A família Bolsonaro e o flerte com as milícias!
A família Bolsonaro parece não destoar do Código de Conduta que passou a imperar na cidade do Rio de Janeiro. Lá a ética pública se norteia por maquiavelismo que divide os bons e os maus políticos em grupos, nem sempre antagônicos, de mocinhos e bandidos, ou seja, ou o candidato se alia aos milicianos ou se rende aos narcotraficantes para poder se eleger vereador, deputado, senador, prefeito, governador ou presidente república.
Portanto, no combate a apontada criminalidade – esta pretensamente dissociada da corrupção política – o Estado, cujo dever era impor a Lei para manutenção da ordem, tolera a existência de milícias formadas por agentes e ex-agentes seus como se fosse uma espécie de força auxiliar sua na guerra declarada contra o tráfico que, assim como os milicianos, também costumam irrigar as campanhas políticas com o dinheiro sujo do crime.
As Escolas de Samba, Sergio Cabral, Pezão e outras figuras notórias da 7ª Vara Federal Criminal, conduzida pelo juiz federal Marcelo Bretas.
Nessa toada, todos lembram que ao vir à tona a “contabilidade criativa” praticada no gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro, pelo eficientíssimo assessor Queiroz, notável vendedor de carros que fazia multiplicar seus ganhos e de seu chefe com a velha prática de compartilhar dos salários pagos aos seus contratados, também vieram à lume dois conhecidos milicianos, antes homenageados pelo atual senador da república, pela bravura demonstrada no exercício das funções policiais, pelo “exacerbo” no trato da coisa pública e pelo esmero na aplicação da Lei.
Agora, quando finalmente suspeitos do assassinato da vereadora Mariele Franco e seu motorista Anderson Gomes são presos, eis que estes são milicianos – mocinhos auxiliares do Estado –, e o acusado de ter efetuado os disparos vizinho de ninguém menos que o presidente da república, num condomínio onde imóveis custam mais de quatro milhões, valores incompatíveis com o salário de um ex-policial militar e também de um deputado federal.
Todavia, considerando que o novo governo ainda colhe os louros da vitória, é bem possível que tais conjecturas sejam apenas fruto de intriga de quem apostou na oposição e perdeu. O tempo dirá.
Isto posto, faço minhas as palavras do saudoso Luiz Melodia “é bom ficar de olho aí”.
Por: Adão Lima de Souza
Guerra no MEC pode fazer segunda baixa no primeiro escalão do governo Bolsonaro
Depois da demissão de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência, outro ministro do governo Bolsonaro está na corda bamba e pode cair em breve. O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, está sendo alvo de pressões para deixar o posto.
Se cair, será a segunda baixa do novo governo em menos de três meses de existência.
Rodríguez foi indicado para o posto pelo guru do governo Bolsonaro, Olavo de Carvalho. O escritor, de direita, bancou sua nomeação e indicou vários assessores para ocupar cargos dentro do Ministério da Educação. Só que o ministro também nomeou para sua equipe militares, que entraram em confronto com o grupo de seguidores de Olavo de Carvalho, chamados de “olavetes”.
Para tentar acabar com a guerra interna, o presidente Jair Bolsonaro determinou que o ministro demitisse não só assessores ligados a Olavo de Carvalho mas também militares que estavam gerando insatisfação no escritor e guru do governo atual.
Foram seis exonerações no ministério e outras podem ser feitas, porque Olavo de Carvalho segue cobrando novas demissões.
Dentro do Palácio do Planalto, há um sentimento de insatisfação em relação ao desempenho de Ricardo Vélez Rodríguez, que até agora gerou muito mais polêmica e pouca ação efetiva na linha desejada pelo presidente.
Bolsonaro, inclusive, chegou a destacar recentemente que seu governo está fazendo uma “Lava Jato da Educação”, investigação em contratos que seriam suspeitos realizados em administrações anteriores.
Recife comemora 482 anos com festa no Alto Santa Terezinha
Quase cinco séculos de história formam a história do Recife. Trajetória de lutas, conquistas e personagens conhecidos e anônimos que tornam a capital pernambucana este mosaico de expressões. Hoje, o Recife completou seu 482º aniversário e a festa teve direito a corte de bolo, apresentações musicais e inauguração. O prefeito Geraldo Julio iniciou a celebração com a entrega da Upinha Alto do Pascoal, a 13ª aberta para a população pela atual gestão. A programação de aniversário iniciada no último sábado (9), com o show Capital do Brega, segue até o próximo domingo (17), com o espetáculo O Boi Voador, ambos no Bairro do Recife
Após a inauguração da Upinha o prefeito Geraldo Julio foi ao Compaz Governador Eduardo Campos, localizado a poucos metros da nova unidade de saúde e que também está comemorando aniversário de três anos de funcionamento hoje. Lá, uma grande festa com orquestra de frevo, passistas da Escola de Frevo do Recife, artistas circenses e apresentação especial da Família Salustiano recebia os recifenses em busca do tradicional corte do bolo de aniversário.
O prefeito Geraldo Julio comentou a mudança na qualidade do atendimento que a nova Upinha vai trazer para os moradores beneficiados. “São 16 mil pessoas que vão poder ser atendidas aqui, nessa 13º Upinha da cidade. Digo sempre que ela é a Unidade de Saúde da Família mais preparada do Brasil inteiro e é até referência para outras cidades que vem aqui copiar. Todos os profissionais que trabalham aqui reúnem plenas condições de fazer o seu trabalho e agora terão mais estrutura para fazer um atendimento melhor à população”, afirmou o prefeito. O equipamento irá receber moradores dos bairros do Alto Santa Terezinha, Linha do Tiro, Bomba do Hemetério e Água Fria.
A Upinha teve investimento de R$ 1,3 milhão e está localizada na Avenida Aníbal Benévolo, próxima ao Compaz Eduardo Campos. A unidade funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com quatro equipes de Saúde da Família e duas equipes de Saúde Bucal, além de profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), que conta com fisioterapeuta, fonoaudiólogo, assistente social, farmacêutico, entre outros.
Completando 3 anos de vida, o Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha, serviu de palco para as festividades do aniversário e o “parabéns pra você” foi entoado por alunos das creches e escolas vizinhas.
O prefeito Geraldo Julio destacou ainda a programação especial montada pela Prefeitura do Recife para a semana de aniversário da cidade. “Essa semana toda tem eventos na cidade, começou com a Capital do Brega, no último sábado, entregamos a 13ª Upinha, fizemos o tradicional corte do bolo com as crianças das nossas escolas. A gente vai ter também amanhã a inauguração do terceiro laboratório de Ciência e Tecnologia. É uma semana de confraternização e entregas concretas para a cidade” contou o prefeito.
Projeto impede que condenados pela Lei Maria da Penha assumam cargos comissionados
A proposta da deputada Alessandra Vieira (PSDB), publicada no Diário Oficial de hoje, determina que indivíduos condenados pela Lei 11.340, de 7 de agosto de 2016, conhecida como Lei Maria da Penha, sejam proibidos de ocupar cargos comissionados em Pernambuco. O texto do projeto prevê a proibição no “no âmbito da administração pública direta e indireta, em todos os Poderes do Estado de Pernambuco, no Tribunal de Contas do Estado, no Ministério Público, na Defensoria Pública e nos órgãos, entidades e empresas administradas pelo Estado de Pernambuco”.
A lei visa prevenir a repetição dos crimes de violência e diminuir o sentimento de impunidade. “No Rio de Janeiro, já vigora Lei neste sentido, o que comprova ser uma medida que pode ser aplicada em outros estados. Nosso projeto de Lei pretende implantar uma ação prévia, um novo dispositivo no âmbito estatal de Pernambuco, criando uma alternativa de enfrentamento desta repetição criminosa de violência e morte de mulheres em Pernambuco”, pontua a parlamentar.
O projeto de lei dispõe ainda que a vedação da nomeação será efetiva após a condenação em decisão transitada em julgado, e que os condenados com base na Lei Maria da Penha “só poderão assumir algum cargo ou função comissionada, após o cumprimento integral da pena sentenciada, em conformidade com a legislação”.