Arquivos diários: 27 de dezembro de 2018

Morte de Seixas pode complicar situação de Lula no STF

A morte de Sigmaringa Seixas representa, para Lula, mais do que a perda de um amigo: o advogado era o único interlocutor de absoluta confiança tanto do ex-presidente quanto de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Se, mesmo com ele, o petista só colheu derrotas na corte, sem ele a situação ficaria ainda mais difícil, analisa um magistrado.

Emotivo, o advogado costumava chorar na época do mensalão, em 2012, ao falar da possibilidade de José Genoino ser condenado. Ele considerava a hipótese uma injustiça e percorreu vários gabinetes do STF defendendo a absolvição do amigo. Em vão.

A prisão de Lula, em abril, também foi um baque: Sigmaringa Seixas chegava a ranger os dentes ao falar sobre ela. E lamentava em especial os votos de ministros como Cármen Lúcia e Edson Fachin, sempre contrários ao petista —numa atitude que, para ele, era decepcionante.

No dia da prisão, Seixas viajou no avião da polícia com Lula e o acompanhou até a sala em que ficaria preso. Os dois arrumaram juntos o lençol na cama do ex-presidente. E o presidente Michel Temer colocou um avião da FAB para transportar o corpo de Seixas de São Paulo a Brasília.  

Fonte: Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo)

Temer sairá pela porta dos fundos

O presidente Michel Temer decidiu deixar o Palácio do Planalto à paisana após passar a faixa para o sucessor, Jair Bolsonaro. Foi descartada a opção de descer a rampa, o que o deixaria exposto ao público que vai acompanhar o evento.

Pelo roteiro, Temer vai deixar o Palácio do Planalto pelo elevador no momento em que Jair Bolsonaro iniciar seu discurso no parlatório.

Já Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, passou o Natal longe da família, cercado apenas de colegas que estão dando apoio a ele neste momento. O isolamento ocorre desde que o Estado revelou relatório do Coaf mostrando movimentações atípicas na sua conta.

Fonte: Coluna do Estadão

O desafio de Guedes e Moro

As duas principais estrelas do próximo governo, Paulo Guedes (Economia) e Sérgio Moro (Justiça) enfrentarão como entrave à agenda que tentarão implementar a resistência do Congresso, avesso tanto a projetos que cortem gastos públicos quanto àqueles que pretendem endurecer as leis de combate à corrupção.

Em sua coluna na Folha, Bruno Boghossian discorre sobre os obstáculos políticos que a dupla enfrentará. “A lei da sobrevivência política ainda pode impor aos congressistas uma mudança de cálculos. Moro é um personagem popular e a economia precisa de medidas duras para voltar aos trilhos. Se o país não crescer e os políticos continuarem barrando medidas anticorrupção, poucos vão se reeleger em 2022”, ressalva.