Arquivos mensais: outubro 2018
Brazil surreal: Dois pontos fora da curva
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Meteorologia informa: segundo turno, previsão do tempo: ferve o sangue auriverde nas veias, nas artérias e nas tripas do Brazil. A vitória do Capitão Marvel foi um ponto fora da curva. A vitória do candidato fantoche foi mais um ponto fora da curva. No Brazil surreal são dois pontos fora da curva. Hoje é o dia seguinte.
O diagnóstico é de hematomas nos corações, nos parafusos, porcas e arruelas dos nossos miolos. Olha o tiro, olho a foice, olha a facada, olha o choque elétrico, a camisa de força! Olha o coice dos fanáticos ideológicos! Os zumbis da seita vermelha estão uivando para a lua, relinchando para a lua. Relincha, mundiça vermelha!
Chove uma chuva de meteoros e meteoritos nas cabeças da Pátria mãe gentil. Delira, Brazil!
Quem irá apascentar os nossos espíritos? As ovelhas e os lobos estão em fúria. São espinhos na flor da pele, espinhos nos corações.
Os cordeiros se transformaram em feras. São feras feridas.
O que será do nosso Brazil, barbarizado, escrachado e pornô?
Os ladrões de sonhos roubaram nosso petróleo, arrombaram os cofres do BNDES, roubaram esperanças e o nosso futuro. Fascistas são os ladrões de sonhos.
Confirmado em segunda instância: o 7º Mandamento da Taboa de Moisés continua em vigor: “É proibido roubar”. Houve movimentos de protesto nas montanhas de Brasília e combustão de pneus Firestone, bolas de fogo, nas rodovias. Os zumbis do cordão encarnado disseram que o 7º Mandamento era desumano, demasiadamente desumano, porque Dimas é um bom ladrão. Roubou muitos denários nas minas de ouro da Petrobras, mas distribuía bolsas com seus devotos.
A bancada de Barrabás também batalhou pela revogação do 7º Mandamento. Os discípulos citaram até um ensinamento de Brecht, Old Brecht: “Primeiro meu estômago, depois vossa moral”. Entonces, o roubo deveria ser liberado porque tudo na vida são apetites.
Moisés trovejou no alto das montanhas: o 7º Mandamento é cláusula rochedo, é cláusula de pedra, e não abro nem para o trovão azul. A bancada de Barrabás está revoltada e vai recorrer até as últimas instâncias. A ONU, segundo eles, irá recomendar a absolvição de Dimas para reconduzi-lo de volta ao paraíso em Brasília. Tudo é permitido nos paraísos do poder em Brasília. Ô lê-lê, ô lá-lá!
Judas de Kariot fez uma delação, mas Barrabás jura ser a alma mais inocente que jamais existiu neste vale de lágrimas, de corruptos e de traíras. Taí o juiz Pôncio Pilatos, de Curitiba, que não me deixa mentir, segundo ele. Líder nas pesquisas, ele participou de um plebiscito e foi vitorioso. Havia dois candidatos no plebiscito: Barrabás e uma criatura nascida na cidade de Nazaré. “É Barrabás ou não é?!” dizia slogan dos marqueteiros. Vocês sabem quem venceu. Dimas era o candidato laranja. Assim caminha a humanidade brasileira.
Por: José Adalberto Ribeiro, Jornalista e colunista do Blog do Magno Martins
FHC declara apoio a Haddad, mas anula voto
Segundo do site Catraca Livre, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) já declarou apoio ao candidato do PT no segundo turno destas eleições, Fernando Haddad. “Entre Haddad e Bolsonaro, não há saída. Vou de Haddad”, disse o tucano, de acordo com o portal. Segundo a matéria, “será um apoio com restrições, já que o ex-presidente tem ressalvas profundas sobre a política econômica e relações exteriores do PT”. Publicamente, FHC decidiu manifestar seu apoio, mas, no segundo turno, anulará seu voto.
FHC diz que não gostaria de ver a volta do PT ao Planalto, por considerar que o partido não defende o que considera as reformas necessárias para o país – especialmente a da Previdência. Considera, ainda, que o PT não tem uma visão econômica “correta” sobre como devolver o crescimento ao país, já que defende uma presença forte do Estado. Mesmo assim, o tucano considera que Bolsonaro seria uma opção pior, uma “ameaça” à democracia. FHC suspeita que, com o deputado, haverá um risco autoritário permanente e crise institucional, devido à sua fragilidade de apoios no Congresso.
Em setembro, o mesmo site antecipou um apoio de FHC ao movimento “Ele não”, contra Bolsonaro. No dia seguinte, o ex-presidente publicou uma longa carta aos eleitores apelando por uma união contra o que chamou de “candidatos extremistas”. Com a adesão de peso de Fernando Henrique, começa a se formar a frente democrática contra o candidato do fascismo, que disputará contra Haddad no segundo turno das eleições.
Aliados pressionam Haddad para que ele abandone a agenda “Lula Livre”
Com a apuração ainda em curso ontem, Fernando Haddad (PT) chegou a achar por um momento que estava fora do jogo. Ele acompanhava pela TV a evolução da votação com aliados e família em um hotel, em São Paulo e, mesmo quando diziam que a eleição não terminaria neste domingo, ele ponderava: cauteloso, achava que acordaria hoje com Jair Bolsonaro (PSL) eleito presidente.
Tudo isso porque o petista assistia em choque, pela TV, a onda Bolsonaro que arrastava candidatos anti-PT aos governos para o segundo turno nos estados e Congresso. Candidatos que surfaram na popularidade do candidato do PSL e no seu discurso anti-petista.
Quando Jair Bolsonaro foi a 47,6%, Haddad se levantou diante do resultado na TV e comemorou com os braços no alto, feito um gol: estava no segundo turno. E agora poderia colocar em prática o plano de ser “mais Haddad, menos Lula”. Poderia?
Faltava combinar com o ex-presidente Lula, com quem Haddad se encontrou, hoje, e com o comando do PT, que vetou mudanças ao centro no primeiro turno, como queria o grupo mais ligado a Haddad, para ampliar apoios. Sem contar que aliados de Haddad, seu grupo mais próximo, pressionam o candidato para que ele abandone a agenda “Lula Livre”, como apelidaram nos bastidores as declarações de que a prisão de Lula – condenado por corrupção – foi uma injustiça.
Motivo principal: o tsunami eleitoral provocado por Jair Bolsonaro, que se transformou em principal cabo eleitoral nos estados – principalmente alavancando candidatos que entoaram o discurso no combate à corrução, ao PT e no reforço da segurança pública.
O resultado das urnas confirmava a avaliação de Mauro Paulino, diretor do Datafolha ao blog: “Com menos intensidade ainda do que Lula, mas surgiu uma liderança com carisma suficiente para elevar candidaturas, só comparável a Lula”.
Portanto, o lema do segundo turno estava confirmado, numa espécie de plebiscito: o candidato do PT e o candidato anti-PT.
Fonte: Blog da Andréia Sadi
Datafolha: votos válidos, rejeição e segundo turno dos presidenciáveis
ELEIÇÃO PRESIDENCIAL – O instituto Datafolha também pesquisou os percentuais de intenção de votos válidos, o índice de rejeição e simulações de segundo turno, cujos números foram os seguintes:
Votos válidos
Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.
- Jair Bolsonaro (PSL): 39%
- Fernando Haddad (PT): 25%
- Ciro Gomes (PDT): 13%
- Geraldo Alckmin (PSDB): 9%
- Marina Silva (Rede): 4%
- João Amoêdo (Novo): 3%
- Henrique Meirelles (MDB): 2%
- Alvaro Dias (Podemos): 2%
- Cabo Daciolo (Patriota): 1%
- Guilherme Boulos (PSOL): 1%
- Vera Lúcia (PSTU): 0%
- João Goulart Filho (PPL): 0%
- Eymael (DC): 0%
Rejeição
O Instituto também perguntou: “Em quais desses candidatos você NÃO VOTARÁ de jeito nenhum NO DOMINGO QUE VEM? E qual mais?”
Neste levantamento, portanto, os entrevistados podem citar mais de um candidato. Por isso, os resultados somam mais de 100%. Os resultados foram:
- Bolsonaro: 45%
- Haddad: 40%
- Marina: 28%
- Alckmin: 24%
- Ciro: 21%
- Meirelles: 15%
- Boulos: 14%
- Cabo Daciolo: 14%
- Vera: 13%
- Alvaro Dias: 13%
- Eymael: 12%
- Amoêdo: 11%
- João Goulart Filho: 11%
- Rejeita todos/Não votaria em nenhum: 2%
- Votaria em qualquer um/Não rejeita nenhum: 2%
- Não sabe: 4%
Simulações de segundo turno
Bolsonaro 44% x 43% Haddad (branco/nulo: 10%; não sabe: 2%)
Ciro 48% x 42% Bolsonaro (branco/nulo: 9%; não sabe: 2%)
Alckmin 43% x 42% Bolsonaro (branco/nulo: 13%; não sabe: 2%)
Alckmin 42% x 38% Haddad (branco/nulo: 17%; não sabe: 3%)
Sobre a pesquisa
- Margem de erro: 2 pontos percentuais para mais ou para menos
- Entrevistados: 10.930 eleitores em 389 municípios
- Quando a pesquisa foi feita: 3 e 4 de outubro
- Registro no TSE: BR-02581/2018
- Nível de confiança: 95%
- Contratantes da pesquisa: TV Globo e “Folha de S.Paulo”
Datafolha para presidente: Bolsonaro, 35%; Haddad, 22%; Ciro, 11%; Alckmin, 8%; Marina, 4%
O Datafolha divulgou nesta quinta-feira (4) o resultado da mais recente pesquisa de intenção de voto na eleição presidencial. A pesquisa ouviu 10.930 e leitores nesta quarta-feira (3) e na quinta (4).
Segundo o Datafolha, Jair Bolsonaro, do PSL, manteve o crescimento e atingiu 35%. Fernando Haddad, do PT, ficou estável.
O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos.
Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:
- Jair Bolsonaro (PSL): 35%
- Fernando Haddad (PT): 22%
- Ciro Gomes (PDT): 11%
- Geraldo Alckmin (PSDB): 8%
- Marina Silva (Rede): 4%
- João Amoêdo (Novo): 3%
- Alvaro Dias (Podemos): 2%
- Henrique Meirelles (MDB): 2%
- Cabo Daciolo (Patriota): 1%
- Guilherme Boulos (PSOL): 0%
- Vera Lúcia (PSTU): 0%
- João Goulart Filho (PPL): 0%
- Eymael (DC): 0%
- Branco/nulos: 6%
- Não sabe/não respondeu: 5%
Acima, nos votos totais, são considerados os votos brancos e nulos e o percentual dos eleitores que se declaram indecisos.
Fonte: Portal G1
Datafolha em Pernambuco: Paulo, 42%; Armando, 28%
PERNAMBUCO – Pesquisa Datafolha divulgada hoje aponta os percentuais de intenção de voto para o governo de Pernambuco. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Votos totais
Veja os números da pesquisa estimulada, considerando todas as intenções de voto, inclusive as respostas dos eleitores que se declaram indecisos ou que votariam em branco ou nulo:
- Paulo Câmara (PSB): 42%
- Armando Monteiro (PTB): 28%
- Dani Portela (PSOL): 3%
- Julio Lóssio (Rede): 3%
- Maurício Rands (Pros): 3%
- Ana Patrícia Alves (PCO): 1%
- Simone Fontana (PSTU): 1%
- Branco/nulo/nenhum: 15%
- Não sabe: 4%
A candidata Ana Patrícia Alves anunciou, na terça-feira (2), que retirou a candidatura ao governo de Pernambuco.
Votos válidos
Veja, abaixo, o resultado da pesquisa Datafolha considerando apenas os votos válidos. Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto. Veja os índices:
- Paulo Câmara (PSB): 52%
- Armando Monteiro (PTB): 35%
- Dani Portela (PSOL): 4%
- Julio Lossio (Rede): 4%
- Maurício Rands (Pros): 3%
- Ana Patrícia Alves (PCO): 2%
- Simone Fontana (PSTU): 1%
Rejeição
A Datafolha também mediu a taxa de rejeição (o eleitor deve dizer em qual dos candidatos não votaria de jeito nenhum). Nesse item, os entrevistados puderam escolher mais de um nome, por isso, os resultados somam mais de 100%. Veja os índices:
- Paulo Câmara (PSB): 32%
- Armando Monteiro (PTB): 32%
- Dani Portela (PSOL): 26%
- Ana Patrícia Alves (PCO): 25%
- Julio Lossio (Rede): 24%
- Simone Fontana (PSTU): 24%
- Maurício Rands (PROS): 24%
- Rejeita todos/não votaria em nenhum: 8%
- Votaria em qualquer um/não rejeita nenhum: 3%
- Não sabe: 6%
Segundo turno
A Datafolha apresentou cenário para o segundo turno com os dois primeiros colocados. Veja:
- Paulo Câmara (PSB): 46% x 36% Armando Monteiro (PTB)
- Branco/nulo: 16%;
- Não sabe: 3%
Sobre a pesquisa
- Margem de erro: 3 pontos percentuais para mais ou para menos
- Quem foi ouvido: 1.482 eleitores em 59 municípios, com 16 anos ou mais
- Quando a pesquisa foi feita: nos dias 3 e 4 de outubro
- Registro no TSE: PE-05100/2018
- Contratantes da pesquisa: TV Globo e Folha de S.Paulo
- O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro
Datafolha para o Senado: Jarbas, 38%; Humberto, 34%; Mendonça, 25%
PERNAMBUCO – Pesquisa Datafolha divulgada hoje aponta os seguintes percentuais de intenção de voto para o Senado em Pernambuco:
- Jarbas (MDB): 38%
- Humberto Costa (PT): 34%
- Mendonça Filho (DEM): 25%
- Silvio Costa (Avante): 14%
- Bruno Araújo (PSDB): 10%
- Pastor Jairinho (Rede): 6%
- Adriana Rocha (Rede): 3%
- Hélio Cabral (PSTU): 2%
- Eugênia (PSOL): 2%
- Lídia Brunes (Pros): 1%
- Albanise Pires (PSOL): 1%
- Alex Rola (PCO): 1%
- Brancos/nulos – Vaga 1: 19%
- Brancos/nulos – Vaga 2: 26%
- Não sabe/não respondeu – Vaga 1: 7%
- Não sabe/não respondeu – Vaga 2: 11%
Sobre a pesquisa
- Margem de erro: 3 pontos percentuais para mais ou para menos
- Quem foi ouvido: 1.482 eleitores em 59 municípios, com 16 anos ou mais
- Quando a pesquisa foi feita: 3 e 4 de outubro
- Registro no TSE: PE-05100/2018
- Contratantes da pesquisa: TV Globo e Folha de S.Paulo
- O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro
Temor de derrota no 1º turno leva PT a rever estratégias
O desempenho do candidato Fernando Haddad nas mais recentes pesquisas do Ibope e Datafolha e a ameaça de uma derrota no primeiro turno para Jair Bolsonaro (PSL) acentuaram diferenças internas e levaram o PT a procurar culpados e buscar correções na reta final da disputa presidencial nas eleições 2018. O principal revés da candidatura Haddad ocorreu no índice de rejeição, que disparou nos últimos dias – crescendo de 9 a 11 pontos porcentuais nas sondagens dos institutos divulgadas nesta semana.
Segundo relatos, as discordâncias entre o círculo mais próximo de Haddad e o grupo ligado à direção do PT ficaram evidentes na reunião da coordenação da campanha realizada nesta terça-feira, 2, na casa que abriga a produtora de vídeos da campanha, em São Paulo.
Aos poucos, as críticas até aqui veladas ao programa de governo, considerado “radical” por muitos petistas, começam a ficar públicas. Na terça-feira, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou, durante evento de campanha em um bar na Vila Madalena, na zona oeste da capital paulista, que Haddad deve abandonar a proposta de convocação de uma Constituinte, prevista no programa.
“Tira do programa. Dá uma tesoura para recortar esse negócio de Constituinte, que já está sendo explorado pela direita”, disse Teixeira, sob aplausos.
O diagnóstico de que uma onda de fake news direcionada para ao eleitorado evangélico de baixa renda é o maior motivo para o aumento da rejeição ao candidato também é alvo de especulações internas. Para setores importantes do PT, a campanha falhou ao subestimar o potencial de estrago das fake news. A área jurídica também é alvo de críticas por não conseguir derrubar na Justiça as postagens falsas em tempo compatível com o ritmo da campanha presidencial.
Até a semana passada integrantes da coordenação da campanha consideravam as fake news inofensivas e se diziam mais preocupados com a cobertura da mídia tradicional, segundo eles antipática ao PT. “A campanha tem respondido prontamente a todas calúnias e notícias falsas, o que não quer dizer que isso é suficiente”, afirmou o secretário nacional de Comunicação do PT, Carlos Árabe.
Árabe admite que a estrutura de Bolsonaro nas redes, segundo o petista montada em 2013, é mais eficiente e bem estruturada do que a do PT, criada a partir de 2016.
O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, responsável pelo setor jurídico da campanha, foi procurado mas não respondeu.
O desempenho sofrível dos candidatos do PT aos governos de São Paulo, Luiz Marinho, e do Rio, Marcia Tiburi, também é apontado por dirigentes e lideranças petistas como um dos motivos para que o ritmo de crescimento de Haddad nas pesquisas tenha diminuído. Marinho, com 8% das preferências, segundo o Ibope, tem, por enquanto, o pior desempenho de um petista da história no maior colégio eleitoral do País. Marcia, com apenas 5% no Ibope, amarga a sétima colocação no Estado que tem o terceiro maior eleitorado do País.
Haddad, que teve crescimento meteórico desde que foi oficializado candidato, no dia 11 de setembro, estacionou em 21% na penúltima pesquisa Ibope/Estado/TV Globo e oscilou positivamente para 23% na sondagem divulgada ontem. Petistas ainda temem que Bolsonaro seja eleito na votação em primeiro turno.
Programa associa Bolsonaro a Temer
O PT tenta estancar o crescimento do candidato do PSL o associando à política econômica do governo do presidente Michel Temer (MDB). “Infelizmente o governo Temer termina melancolicamente e o que eu vejo de mais triste ainda é o Bolsonaro querer dobrar a aposta do governo Temer”, disse Haddad à Rádio Jornal de Pernambuco.
Ainda nesta quarta-feira, 3, começou a circular no horário eleitoral a primeira inserção da campanha petista na TV que cita nominalmente Bolsonaro. Na peça, o PT afirma que o candidato do PSL votou a favor de medidas do governo Temer e “contra o trabalhador” como a reforma trabalhista e conclui: “Já basta o Temer”.
Ciro poderia contemplar expectativa dos eleitores, diz Jaques Wagner
SALVADOR – O ex-ministro e ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) afirmou que o perfil do presidenciável do PDT, Ciro Gomes, “por ser um cara mais aguerrido, mais intempestivo”, poderia contemplar melhor a expectativa dos eleitores que preferem um candidato à Presidência da República com “um perfil retado, que bata na mesa”.
Wagner, que chegou a ser cotado para substituir na disputa presidencial de 2018 o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba (PR) após condenação pela Operação Lava Jato, sempre se declarou contra o lançamento de um candidato próprio do PT ao Planalto em caso de indeferimento da postulação do líder petista. A opinião provocou críticas a ele no partido.
A declaração, dada a jornalistas nesta terça-feira, 2, durante o debate entre os candidatos a governador do Estado, na TV Bahia, afiliada da TV Globo, foi uma resposta à reportagem do Estado, que questionou Wagner se o crescimento do candidato Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas aponta que ele estava certo ao se opor a uma candidatura própria do seu partido.
“Não sou engenheiro de obras prontas. Eu dei minha opinião, ela foi vencida, acabou, eu abracei a tese do time e estamos caminhando. Não dá para fazer especulação”, disse o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff(PT). “Agora, evidentemente que o perfil do Ciro, por ser um cara mais aguerrido, mais intempestivo, pode ser que ele contemplasse mais essa expectativa (…) por um perfil retado, que bata na mesa”, afirmou.
Apesar da afirmação, Jaques Wagner pregou que o presidenciável do PT, o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad, “vai ganhar a eleição no segundo turno”. Para o ex-governador, “na hora da urna, o equilíbrio prevalece”.
Ele afirmou ainda que não será ministro em um eventual governo petista de Haddad. “Eu serei senador. Não estou recusando. Eu tenho contribuição a dar e acho que o papel do Senado e do Parlamento é muito importante agora. Eu não me elegi para ser ministro”, disse Wagner, que lidera com ampla vantagem as pesquisas de intenção de votos feitas pelo Ibope para medir quem deve ser eleito para as duas vagas baianas no Senado. “Não vou recuar, vocês me conhecem”, disse.
PF instala em Brasília centro de controle das eleições 2018
A Polícia Federal instalou, hoje, em Brasília, o Centro Integrado de Comando e Controle das Eleições 2018 (CICCE). O objetivo é dar apoio à Justiça Eleitoral e aos demais integrantes do sistema de segurança pública para agilizar investigação de infrações penais eleitorais. Na prática, poderá haver, por exemplo, o compartilhamento de dados entre os órgãos em tempo real.
O centro funcionará de 1º a 8 de outubro em razão do primeiro turno das eleições (em 7 de outubro) e, depois, de 22 a 28 de outubro, devido ao segundo turno (28 de outubro).
Fazem parte da estrutura 14 instituições e órgãos parceiros, entre elas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Receita Federal. Segundo as autoridades, o CICCE terá atuação semelhante à adotada durante os grandes eventos realizados no país de 2013 a 2016.
O diretor da PF, Rogério Galloro, explicou que esta é a primeira vez em que acontece a integração da entidade com outros órgãos em um processo eleitoral.
Ele afirmou que a PF não pode agir imediatamente em relação aos crimes eleitorais e precisa sempre de autorização da Justiça Eleitoral, exceto em caso de flagrantes. Agora, segundo Galoro, o trâmite será mais rápido. “Criamos um fluxo especial [de trabalho] a partir dessas experiências que trouxemos dos grandes eventos”, afirmou.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que o centro integrado “tem a função de zelar para que a vontade do povo brasileiro seja respeitada”.
Ele destacou que um dos focos do centro será a investigação de notícias falsas, as chamadas fake news, que possam prejudicar algum candidato ou o andamento das eleições. “Isso tudo para zelar pela vontade popular”, ressaltou Jungmann.
Treinamento
Para atuarem como Polícia Judiciária Eleitoral, os policiais federais passaram por uma capacitação. Nos meses de março, abril, maio e junho, fizeram cursos na plataforma ANP.net – plataforma de ensino à distância da Academia Nacional de Polícia.
O planejamento tático e operacional foi feito ao longo do primeiro semestre. As superintendências dos estados do Amazonas, Pernambuco e Roraima receberão reforços de policiais federais lotados em outras unidades.
O efetivo policial será distribuído pelos Coordenadores Regionais das Eleições 2018 nos municípios com alta incidência de conflitos e crimes eleitorais.