Arquivos mensais: agosto 2018

Prefeitos da Frente Popular declaram apoio a Julio Lóssio

Candidato ao governo de Pernambuco pela Rede Sustentabilidade, Julio Lóssio está garantindo importantes apoios em diversas regiões do estado. O prefeito de Afrânio, Rafael Cavalcanti (MDB), e o prefeito de Cedro, Antônio Leite (PR), declararam apoio ao candidato, ontem. Ambos integram partidos que estão na Frente Popular. As declarações ocorreram durante o evento “O Sertão Abraça Julio”, realizado em Petrolina.

Segundo Rafael Cavalcanti, prefeito de Afrânio, o candidato merece a confiança por ser o mais preparado para governar Pernambuco. “A grandiosidade dessa onda verde que está se espalhando começa em Afrânio e vai para todo o estado, porque Julio tem todas as credenciais para governar bem Pernambuco. É um homem à frente do seu tempo. E é isso que estamos precisando”, ressaltou.

Na ocasião, Lóssio agradeceu o apoio dos prefeitos, e também às profissionais do Programa Nova Semente, criado em sua gestão; às pessoas beneficiadas pelo Programa “Minha Casa, Minha Vida” e à candidata à Presidência da República, Marina Silva. “Eu tenho lado, sempre tive lado. Eu nunca me enverguei na política, porque minha mãe, uma viúva, me ensinou: ‘meu filho, você só precisa se curvar para agradecer’”, disse.

Romero Jucá deixa liderança do governo no Senado

O senador Romero Jucá (MDB-RR) anunciou que está deixando a liderança do governo após desentendimentos com o Palácio do Planalto sobre as respostas que têm sido dadas à crise de Roraima, após a imigração de venezuelanos que chegam ao Brasil pelo estado. Por meio do Twitter, ele disse que já comunicou a decisão ao presidente Michel Temer.

“Acabo de comunicar ao presidente Michel Temer que deixo a Liderança do Governo por discordar da forma como o governo federal está tratando a questão dos venezuelanos em Roraima”, escreveu na rede social.

Jucá, que foi líder do governo no Congresso desde que o presidente Temer assumiu a presidência, foi escolhido líder no Senado em março do ano passado, em substituição ao então senador, Aloysio Nunes, quando este assumiu o ministério das Relações Exteriores.

Crise em Roraima

Na semana passada, Jucá esteve no Planalto onde participou de uma reunião sobre a imigração de venezuelanos e sugeriu que o governo fechasse temporariamente a fronteira do estado. O objetivo, segundo ele, era evitar que Roraima entrasse em “colapso”. Desde antes, o Planalto já emitia sinais de que não limitaria a entrada de estrangeiros no país por questões humanitárias e também de acordos internacionais dos quais é signatário.

Até o momento, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre o assunto nem confirmou o teor da conversa entre Temer e o senador.

Adversário

O senador disse que pretende atuar como “adversário” do governo na questão de Roraima e que fará “muito barulho” para cobrar do governo federal e de outros órgãos que os seus pleitos sejam aceitos. Ele negou que a decisão tenha sido tomada tendo em vista a proximidade das eleições.

“Há dois anos eu defendi o fechamento da fronteira. Eu estava antevendo o problema, e vai piorar, porque a Venezuela só piora. Depois da eleição, o problema continua. Esse assunto vai se agravar ainda mais, será uma questão para o novo presidente”, afirmou.

Jucá disse que não tem condições de defender Roraima, criticar o governo e ocupar o cargo de líder. “Entre o cargo de líder, o governo federal, o estado e a população de Roraima, que me elege e eu tenho que defender, é claro que eu opto sem nenhuma dúvida pela população de Roraima”, disse.

O senador disse que o governo tem “boa vontade” para tratar dos venezuelanos “mas não está focado no cerne da questão” que, segundo ele, é o alto número de imigrantes que chegam por Roraima. “Eu não rompi com o governo, mas nessa situação sou adversário do governo e portanto vou cobrar todas as questões que o meu estado precisar. Eu sou hoje um senador independente, o MDB apoia o governo, sou presidente do partido. Mas a defesa do governo no Senado será feita pelo novo líder”, disse, lembrando que até decisão em definitivo quem assume a liderança é o atual vice-líder, senador Fernando Bezerra (MDB-PE).

Lóssio quer apuração de denúncia sobre os conselhos da Compesa

O candidato ao Governo de Pernambuco pela Rede Sustentabilidade, Julio Lóssio, esteve na Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para entrega de um ofício. Na ocasião, Lóssio informou ter recebido uma denúncia referente aos Conselhos da empresa. O ato ocorreu na manhã de hoje.

Conforme denúncia recebida por Julio Lóssio em seu e-mail, a Compesa prevê em seu Estatuto Social a formação do Conselho de Administração e Conselho Fiscal. Entretanto, não há no site da empresa as informações sobre a composição desses órgãos. “É preciso verificar essa denúncia com cuidado e com responsabilidade. Por isso, eu protocolei um ofício para que a gente possa averiguar a verdade dos fatos. Se isso for verdade, é algo muito grave”, explicou o candidato.

No ofício, Lóssio solicitou o nome, qualificação e remuneração dos membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal, empossados nos últimos dez anos. Além dos critérios utilizados para a indicação de cada um de seus integrantes.

Candidata ao Senado define eixos de atuação para mandato

A advogada Adriana Rocha, candidata pela Rede ao Senado, divulgou a plataforma que pretende exercer como representante de Pernambuco na Casa Alta. No documento, a Conselheira Federal da OAB-PE e ex-vice-presidente da Ordem, destacou 18 eixos que versam sobre saúde, educação e diminuição dos privilégios dos agentes públicos.

Como Presidente da Comissão Nacional de Promoção da Igualdade, Adriana tem atuado por uma maior equidade social e demonstrou apreço pelo tema em suas propostas, por meio do combate ao assédio sexual à mulheres advogadas e da maior participação de jovens advogados negros nos escritórios do País. Também exerceu a função de vice-presidente da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero do Conselho Federal da OAB, onde lutou pela aprovação de pautas de interesse das pessoas LGBTs.

Para postular a candidatura ao Senado, a professora teve como incentivo a insatisfação com o quadro político atual, carente de renovação. Para isso, baseou-se em um princípio ensinado em sala de aula: enquanto os cidadãos não se lançarem no mundo político, nada será modificado, e os mesmos continuarão sendo reeleitos.

“Quando nos deparamos com a situação atual do nosso País, nasce dentro da gente essa vontade de participar ativamente do processo político. Pensando isso, saí do lado de eleitora para o de candidata para poder fazer a diferença”, destacou.

Confira a lista com as 18 pautas legislativas:

1) Igualdade de oportunidades para todas as pessoas no mercado trabalho (inclusão);

2) Ensino básico federalizado;

3) Professores em todos os níveis valorizados não só na remuneração, mas nas condições de trabalho;

4) Reestruturação do sistema de Justiça para dar mais eficácia às punições que envolvam crimes dolosos contra a vida;

5) Restrição à renovação de mandato de parlamentares;

6) Diminuição do mandato dos Senadores;

7) Mudança nas regras de acesso ao STF e mandato para os Ministros;

8) Reforma dos serviços públicos com extinção de cargos comissionados em excesso;

9) Especificação do conceito aberto de “notável saber jurídico” utilizado pela Constituição;

10) Garantia de assentos no legislativo em razão de gênero, para mais mulheres ingressarem na política. Apoio a toda e qualquer legislação que garanta às mulheres políticas públicas e privadas voltadas para a sua dignidade, a sua autonomia, e à proteção de sua vida.

11) Pauta específica para garantir às crianças acesso aos direitos fundamentais básicos.

12) Incentivo à desburocratização;

13) Tecnologia e Inovação, desenvolvimento sustentável, com pautas legislativas próprias;

14) Facilitação para a propositura de leis de iniciativa popular;

15) Obrigatoriedade de expediente semanal dos parlamentares para atendimento virtual dos cidadãos e cidadãs.

16) Exclusão de benefícios aos agentes públicos, como carros oficiais, com algumas exceções.

17) Definição intransponível do conceito moralizante de subsídios;

18) Valorização de toda e qualquer legislação que promova, garanta e mantenha o acesso das pessoas à saúde pública de qualidade.

Lula é intimado a apresentar defesa da candidatura

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intimou, hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – candidato do PT à Presidência – a apresentar defesa de sua candidatura em até 7 dias corridos, prazo que termina em 30 de agosto.

Por meio de seus advogados, o petista deverá contestar todas as 16 impugnações e notícias de inelegibilidade apresentadas por outros partidos, candidatos e cidadãos ao seu registro de candidatura. Lula está inelegível com base na Lei da Ficha Limpa por ter sido condenado criminalmente por tribunal de segunda instância.

O pedido de registro foi protocolado pelo PT no dia 15 de agosto e foi questionado em razão da condenação de Lula no caso do triplex em Guarujá (SP) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O ex-presidente está preso, desde abril, em uma cela especial da superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Uma das impugnações à candidatura de Lula foi apresentada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A decisão sobre o registro de Lula caberá ao plenário do TSE, formado por 7 ministros.

Em caso de rejeição, a defesa ainda poderá tentar manter a candidatura do petista junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), composto por 11 ministros.

O PT tem até 17 de setembro para substituir Lula, caso considere inviável mantê-lo como titular. Neste caso, poderá assumir a cabeça de chapa o atual candidato a vice, Fernando Haddad, tendo como sua vice Manuela D’Ávila (PC do B).

Após analisar a defesa de Lula, o relator do pedido de registro do petista no TSE, ministro Luís Roberto Barroso, ainda poderá ouvir testemunhas (em até 4 dias), coletar provas (mais 4 dias) e pedir alegações finais das partes (outros 5 dias) antes de levar a decisão sobre o registro ao plenário do TSE.

Embora haja prazo máximo para cada uma dessas fases, há a possibilidade de o processo correr mais rápido se as partes e o ministro não usarem todo o tempo previsto.

À TV Globo, Luiz Fernando Pereira, um dos advogados de Lula no TSE, disse que não usará todo o tempo disponível para apresentar a defesa.

“Fomos intimados. Vamos cumprir o prazo. Não vamos pedir produção de prova e nenhuma medida protelatória. Só o procedimento normal”, afirmou Pereira.

Se isso ocorrer, é possível que a candidatura de Lula seja julgada até meados de setembro, em tempo hábil para o PT substituir o nome do candidato a presidente nas urnas eletrônicas.

Juristas debatem composição política dos tribunais

O Centro de Estudos Judiciários (CEJ) do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) promove o I Ciclo de Palestras com o tema “A composição política dos tribunais”. O evento, gratuito e com vagas limitadas, acontece no dia 28 de agosto, às 10h, no Auditório Desembargador Nildo Nery dos Santos, na Escola Judicial de Pernambuco (Esmape), localizada ao lado do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no Recife. Para debater o assunto, o CEJ TJPE convidou dois juristas: José Paulo Cavalcanti Filho e André Vicente Pires Rosa. A unidade tem como diretor e vice, respectivamente, os desembargadores José Fernandes de Lemos e Carlos Moraes.

Os interessados em participar do I Ciclo de Palestras do CEJ devem realizar inscrição pelo e-mail: cej.eventos@tjpe.jus.br, informando nome completo, profissão e telefone para contato. A participação na atividade confere certificado. É possível obter outras informações através do telefone (81) 31819596.

Palestrantes – José Paulo Cavalcanti Filho é advogado, consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e do Banco Mundial, membro da Comissão Nacional da Verdade e integrante da Academia Pernambucana de Letras, tendo ocupado os cargos de secretário-geral e ministro interino da Justiça no Governo Sarney. André Vicente Pires Rosa é juiz do TJ pernambucano, onde também ocupou o cargo de assessor especial da Presidência, doutor em Direito e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Esmape.

Concurso para soldado da PMPE acontece domingo

Serão realizadas, neste domingo, as provas para o concurso público para o cargo de praça da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), no posto inicial de soldado, que serão aplicadas pela Comissão de Concursos do Instituto de Apoio a Universidade de Pernambuco (Conupe/Iaupe). Os portões de acesso aos prédios, onde serão aplicadas as provas, serão abertos às 7h e fechados às 8h. O exame será iniciado às 8h15, terminando às 12h15. Ao todo, 81.396 candidatos se inscreveram para as 500 vagas disponíveis.

O Exame de Habilidades e Conhecimentos, constante da primeira fase da primeira etapa do concurso, constará de prova escrita objetiva contendo 60 questões objetivas de múltipla escolha, realizada em turno único com duração de quatro horas e são de caráter eliminatório e classificatório.

ORIENTAÇÕES PARA OS CANDIDATOS – A Comissão esclarece, para evitar transtorno no dia da prova, que os candidatos só terão acesso ao local de prova portando, exclusivamente, caneta esferográfica de tinta preta ou azul, fabricada em material transparente, o Cartão Informativo e documento de identidade original.

O candidato deverá comparecer ao local da prova com antecedência mínima de uma hora do horário fixado para o fechamento dos portões. Não será admitido ingresso de candidato aos locais de realização da prova após o horário fixado para o fechamento dos portões. Como medida de segurança, o candidato somente poderá se retirar da sala de aplicação da prova após decorridas três horas do seu início.

Não será permitido o acesso de candidatos aos prédios, ou às salas de aplicação das provas, portando mochilas, bolsas, pochete ou quaisquer tipos de bagagens, armas, capacete, uso de boné, relógio ou óculos escuros, assim como a utilização de quaisquer materiais de consulta ou de quaisquer outros equipamentos eletrônicos, inclusive telefone celular, smartphones, smartwatches, ainda que desligado e sem a respectiva bateria, sob pena de eliminação do concurso.

A comunicação entre os candidatos, utilização de máquinas calculadoras ou similares, livros, anotações, impressos, ou qualquer outro material de consulta, inclusive consulta a códigos e à legislação também não são permitidas.

O gabarito preliminar das provas será divulgado na Internet, no endereço eletrônico www.upenet.com.br, após a conclusão da aplicação das provas. O resultado final das provas objetivas será divulgado no dia 12/09.

Outras informações podem ser obtidas no site do Conupe (www.upenet.com.br) no link Praças da PMPE – 2018, através do e-mail: iaupe.pracapm2018@gmail.com ou dos telefones: (81) 3033-7394 / 7397.

Pesquisa Ibope: Lula, 37%; Bolsonaro, 18%; Marina, 6%; Ciro, 5%; Alckmin, 5%

BRASIL – Pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (20) apurou os percentuais de intenção de voto para presidente da República em dois cenários com candidatos diferentes do PT – o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro cenário e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad no segundo.

Cenário com Lula

No cenário que inclui como candidato do PT o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pesquisa apresentou o seguinte resultado:

  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 37%
  • Jair Bolsonaro (PSL): 18%
  • Marina Silva (Rede): 6%
  • Ciro Gomes (PDT): 5%
  • Geraldo Alckmin (PSDB): 5%
  • Alvaro Dias (Podemos): 3%
  • Eymael (DC): 1%
  • Guilherme Boulos (PSOL): 1%
  • Henrique Meirelles (MDB): 1%
  • João Amoêdo (Novo): 1%
  • Cabo Daciolo (Patriota): 0
  • Vera (PSTU): 0
  • João Goulart Filho (PPL): 0
  • Branco/nulos: 16%
  • Não sabe/não respondeu: 6%

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S.Paulo”. É o primeiro levantamento do Ibope realizado depois da oficialização das candidaturas na Justiça Eleitoral.

Cenário com Haddad

Lula está preso em Curitiba, condenado em segunda instância no caso do triplex no Guarujá. Pela Lei da Ficha Limpa, ele está inelegível.

Por essa razão, a Procuradoria Geral da República impugnou (questionou) a candidatura.

O caso está sendo analisado pelo ministro Luís Roberto Barroso e será decidido pelo TSE depois de ouvir a defesa de Lula, a favor do registro da candidatura.

Em razão desse quadro jurídico, o Ibope pesquisou outro cenário, com o atual candidato a vice na chapa de Lula, Fernando Haddad.

Nesse cenário, o resultado seria:

  • Jair Bolsonaro (PSL): 20%
  • Marina Silva (Rede): 12%
  • Ciro Gomes (PDT): 9%
  • Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
  • Fernando Haddad (PT): 4%
  • Alvaro Dias (Podemos): 3%
  • Eymael (DC): 1%
  • Guilherme Boulos (PSOL): 1%
  • Henrique Meirelles (MDB): 1%
  • João Amoêdo (Novo): 1%
  • Cabo Daciolo (Patriota): 1%
  • Vera (PSTU): 1%
  • João Goulart Filho (PPL): 1%
  • Branco/nulos: 29%
  • Não sabe/não respondeu: 9%
 Sobre a pesquisa
  • Margem de erro: dois pontos percentuais para mais ou para menos
  • Quem foi ouvido: 2002 eleitores em 142 municípios
  • Quando a pesquisa foi feita: de 17 a 19 de agosto
  • Registro no TSE: protocolo nº BR‐01665/2018
  • nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro;
  • 0% significa que o candidato não atingiu 1%; traço significa que o candidato não foi citado por nenhum entrevistado.

Deputada questiona dados utilizados em ranking da Folha

A deputada estadual Priscila Krause (DEM) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para repercutir os dados apresentados na pesquisa de Eficiência dos Estados (REE-F), publicada em parceria com o instituto Datafolha, na edição de ontem. De acordo com a parlamentar, há divergências nas informações de pelo menos três parâmetros utilizados: a receita total de Pernambuco em 2017, as despesas de pessoal do Poder Executivo no mesmo exercício e, por fim, a métrica utilizada em relação à qualidade da malha viária pernambucana. “Chamou nossa atenção por estar descolado da vida dos pernambucanos e daí, com a nossa experiência no assunto, fomos checar os dados”, explicou.

Segundo a parlamentar, que é componente da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da Alepe, o dado utilizado para registrar a receita total no ano passado não se alinha com a realidade, visto que, em vez dos R$ 33,3 bilhões registrados, a receita total de Pernambuco foi de R$ 32,34 bilhões. Os R$ 33,3 bilhões registrados referem-se à despesa total, que se refletiu num déficit de R$ 972 milhões, amplamente divulgado pela imprensa, o maior do Nordeste em 2017. “É uma questão de justiça aos fatos e, principalmente, da importância de trazermos o debate real da situação fiscal de Pernambuco. Gastou-se mais do que se arrecadou e isso precisa ser colocado. Provavelmente trata-se de um lapso que deve ser corrigido, sobretudo pela credibilidade inquestionável do veículo, um dos mais importantes do País”, registrou.

Em relação aos números da despesa com pessoal, que afetam diretamente o quesito de avaliação da situação fiscal do estado, Priscila apresentou os dados do Relatório de Gestão Fiscal do último quadrimestre de 2017 como fonte, também utilizando os exemplos dos estados da Bahia e do Ceará. Enquanto as despesas com pessoal ativo em Pernambuco registram R$ 6,9 bilhões nos dados utilizados pelo ranking, a Secretaria da Fazenda aponta que, na realidade, somam R$ 8,2 bilhões, uma diferença de R$ 1,3 bilhão. Sobre a despesa total do Poder Executivo, que inclui ativos e inativos, o ranking aponta R$ 12,2 bilhões enquanto o próprio governo coloca R$ 15,4 bilhões.

“A reportagem especial inclusive traz um quadro que aponta a situação das despesas de pessoal de Pernambuco, no que concerne à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), muito mais preocupantes que as do Ceará e da Bahia, mas quando vamos para os dados do ranking essas posições são trocadas e Pernambuco aparece confortavelmente, o que não é a realidade. Já encontramos divergências como, por exemplo, a exclusão de uma série de gastos com pessoal que não estão computados corretamente pela fonte utilizada, que também tem grande credibilidade, um estudo do IPEA”, explicou. Em relação ao parâmetro de gastos com pessoal do Executivo, conforme a LRF, Pernambuco alcançou comprometimento de 48,97% em 2017, enquanto Ceará e Bahia somaram menos: 42,45% e 43,06%, respectivamente.

Enquanto em Pernambuco a diferença entre o número do Relatório de Gestão Fiscal oficializado pelo governo e os dados da Folha, para a despesa de pessoal, apontam diferença de mais de R$ 3,2 bilhões, no Ceará e na Bahia as informações são mais consonantes entre o que as administrações estaduais apontaram e a informação trabalhada para a confecção do ranking, havendo distorções de, no máximo, R$ 300 milhões. Na Bahia, a despesa total do Executivo, segundo o governo, foi de R$ 17,89 bilhões, enquanto o ranking registra R$ 17,8 bilhões e no Ceará o dado da Secretaria da Fazenda aponta R$ 8,82 bilhões enquanto o estudo aponta R$ 9,2 bilhões. “É preciso que o governo de Pernambuco escolha entre os dados oficiais, de sua própria autoria, ou aqueles que, no momento, são convenientes”, acrescentou.

Por fim, Priscila Krause questionou a metodologia do estudo no que concerne à infraestrutura, especificamente a qualidade das estradas. A fonte utilizada pelo ranking foi pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que avalia anualmente, por unidade federativa, a qualidade das rodovias. No ranking de eficiência dos governos estaduais, no entanto, foi utilizado o dado referente a todas as estradas do estado, enquanto a própria CNT disponibilizou os dados seccionados entre as estradas de responsabilidade do governo federal e as de responsabilidade do governo estadual.

O número utilizado de ótimo e bom na pesquisa (44%) é muito superior à avaliação de ótimo e bom das estradas de jurisdição estadual, que alcança 5,9%. “A pesquisa traz com clareza que na manutenção e conservação das estradas o governo estadual é muito ineficiente, mas isso não foi levado em consideração. Ganharam uma nota por uma atuação que não é deles. É como se o aluno que não estudasse recebesse a nota daquele que fez o dever de casa”, apontou.

Ibope: Paulo Câmara, 27%; Armando Monteiro, 21%

Pesquisa Ibope divulgada, há pouco, aponta os seguintes percentuais de intenção de voto para o governo de Pernambuco:

  • Paulo Câmara (PSB): 27%
  • Armando Monteiro (PTB): 21%
  • Ana Patrícia Alves (PCO): 3%
  • Julio Lóssio (Rede): 3%
  • Maurício Rands (PROS): 2%
  • Simone Fontana (PSTU): 2%
  • Dani Portela (PSOL): 1%
  • Branco/nulo: 32%
  • Não sabe/não respondeu: 8%

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo “Jornal do Commercio”. É o primeiro levantamento do Ibope realizado depois da oficialização das candidaturas na Justiça Eleitoral.

Sobre a pesquisa

  • Margem de erro: 3 pontos percentuais para mais ou para menos
  • Quem foi ouvido: 1.204 eleitores de todas as regiões do estado, com 16 anos ou mais
  • Quando a pesquisa foi feita: 17 a 19 de agosto
  • Registro no TRE: PE-00006/2018
  • Registro no TSE: BR-09085/2018
  • O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro
  • 0% significa que o candidato não atingiu 1%. Traço significa que o candidato não foi citado por nenhum entrevistado

Espontânea

Na modalidade espontânea da pesquisa Ibope (em que o pesquisador somente pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, sem apresentar a relação de candidatos), o resultado foi o seguinte:

  • Paulo Câmara (PSB): 9%
  • Armando Monteiro (PTB): 5%
  • Ana Patrícia Alves (PCO): 0%
  • Julio Lóssio (Rede): 0%
  • Maurício Rands (PROS): 0%
  • Dani Portela (PSOL): –
  • Simone Fontana (PSTU): –
  • Outros: 3%
  • Branco/nulo: 29%
  • Não sabe/não respondeu: 53%

Rejeição

O Ibope também mediu a taxa de rejeição (o eleitor deve dizer em qual dos candidatos não votaria de jeito nenhum). Nesse item, os entrevistados puderam escolher mais de um nome. Veja os índices:

  • Paulo Câmara (PSB): 43%
  • Armando Monteiro (PTB): 27%
  • Dani Portela (PSOL): 18%
  • Julio Lóssio (Rede): 18%
  • Ana Patrícia Alves (PCO): 17%
  • Maurício Rands (PROS): 17%
  • Simone Fontana (PSTU): 17%
  • Poderia votar em todos: 3%
  • Não sabe/não respondeu: 20%